INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E SEU POTENCIAL PREVENTIVO PAR A SINTOMAS ANSIOSOS-DEPRESSIVOS E ESTRESSE EM ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

Resumo

Objetivo: Analisar a relação entre inteligência emocional e sintomas ansioso-depressivos e estresse em estudantes de enfermagem. Material e Método: Estudo quantitativo observacional transversal, de escopo correlacional em uma amostra multicêntrica de 80 estudantes de enfermagem de primeiro ano (IC= 90; erro=0,5), a inteligência emocional foi avaliada com a escala Trait Meta Mood Scale Number 24 (TMMS-24), e os sintomas depressivos, ansiosos e estresse com a escala Depression, Anxiety and Stress Scale number 21 (DASS-21); características sociodemográficas e acadêmicas foram consideradas como variáveis de controle. A análise descritiva foi realizada com medidas de frequência, de tendência central relativa e testes t de Student; para a correlação entre dimensões, foi aplicado o coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: Foram registrados altos níveis de depressão, ansiedade e estresse; sintomas depressivos e estresse correlacionaram-se com baixo entendimento (p<0,01) e regulação emocional (p<0,001), este último também mostrou correlações moderadas com a ansiedade. As dimensões de inteligência emocional e sintomatologia avaliada foram sensíveis à presença de baixo desempenho acadêmico (p<0,05), estando também associadas à má qualidade do sono e escasso tempo de descanso (p<0,05). Conclusão: Uma maior percepção das habilidades de regular e compreender as emoções está associada a menos sintomas de depressão, ansiedade e estresse. É importante incorporar o desenvolvimento da inteligência emocional nos planos de estudo, a fim de melhorar as condições de saúde mental dos estudantes e promover uma cultura de profissionais empáticos e focados na gestão dos cuidados, desde a formação.