MUDANÇAS AFETIVAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: ANTES E DURANTE O CONFINAMENTO PREVENTIVO PELA COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.29393/CE28-31CARF50031Palavras-chave:
Afeto, Confinamento involuntário, COVID-19, Psicologia infantil, AdolescentesResumo
Objetivo: Analisar as mudanças afetivas em crianças e adolescentes entre os 8 e 16 anos de idade, antes e durante o confinamento. Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal com medições evocadas repetidas. Sob amostragem não-probabilística, 87 crianças e adolescentes foram inquiridos online utilizando o questionário de afeto positivo/negativo para crianças, com o acréscimo de perguntas sociodemográficas. Foi realizada uma análise descritiva/associativa para determinar o comportamento da afetividade infantil e adolescente pré e pós- confinamento. Resultados: Houve uma diminuição significativa do afeto positivo durante o confinamento (Z= -3,073; p= ,002), bem como um aumento significativo da probabilidade de que o estado afetivo anterior, positivo (OR= 32,1: 95% CI 8,1 - 127,2) ou negativo (OR= 10,8: 95% CI 3,9 - 29,4), aumentasse a deterioração da afetividade atual. Finalmente, não houve mudanças significativas no afeto negativo antes e durante o confinamento. Conclusões: Durante o período de confinamento, observou-se uma deterioração da percepção do bem-estar emocional associada a uma diminuição do afeto positivo, sendo a afetividade anterior um fator de risco para a deterioração do bem-estar percebido pelas crianças e adolescentes. É necessário fortalecer a capacidade de reação das crianças para que o afeto positivo se torne um fator de proteção face a novas catástrofes.
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