SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE A VIOLÊNCIA VIVENCIADAS POR MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO: ESTUDO DE CASO

Autores

  • Rubia Geovana Smaniotto Gehlen Universidade Federal de Santa Maria/UFSM.
  • Marta Cocco da Costa Universidade Federal de Santa Maria/UFSM
  • Jaqueline Arboit Universidade Federal de Santa Maria/UFSM.
  • Ethel Bastos da Silva Universidade Federal de Santa Maria/UFSM.

Palavras-chave:

Profissionais do sexo, violência, vulnerabilidade, Enfermagem

Resumo

Objetivo: Descrever as situações individuais de vulnerabilidade à violência, vivenciadas por mulheres profissionais do sexo. Método: Estudo de abordagem qualitativa cujo método empregado foi o estudo de caso. O cenário da pesquisa foi constituído por duas casas noturnas localizadas em dois municípios do Rio Grande do Sul. A unidade de análise foi composta por oito mulheres profissionais do sexo atuantes nas casas noturnas. Para a coleta das evidências, utilizaram-se entrevistas semiestruturadas, gravações dos áudios em formato MP3, observação do ambiente das casas noturnas e anotações no diário de campo. Para a análise foi utilizada a proposta de adequação ao padrão, tendo em vista as proposições iniciais do estudo. Resultados: Da análise emergiram duas categorias empíricas: caracterização das participantes e das casas noturnas e situações de vulnerabilidade individual à violência vivenciadas no contexto de trabalho das mulheres profissionais do sexo. O estudo evidenciou que as profissionais do sexo vivenciam a violência pautada nas relações de gênero, permeada por uma relação desigual e hierárquica, exercida por meio do abuso e da força pelos clientes. A carga de violência acontece nas formas física, verbal, sexual e psicológica, sendo o estupro considerado a pior das violências. Conclusão: A saúde das profissionais do sexo não pode ser reduzida a aspectos biológicos, especialmente em relação às doenças sexualmente transmissíveis, sendo necessário considerar o contexto em que as mesmas estão inseridas. Assim, aponta a premência da formulação de políticas públicas no campo da saúde, direcionadas especificamente a esse grupo de mulheres.

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Biografia do Autor

Rubia Geovana Smaniotto Gehlen, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM.

Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria/UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado a Saúde das Pessoas, Famílias e Sociedade (GP-PEFAS). Santa Maria (RS), Brasil.

Marta Cocco da Costa, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM

Enfermeira. Professora Doutora em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva (NEPESC). Palmeira das Missões (RS), Brasil.

Jaqueline Arboit, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM.

Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria/ UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado a Saúde das Pessoas, Famílias e Sociedade (GP-PEFAS). Santa Maria (RS), Brasil. 

Ethel Bastos da Silva, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM.

Enfermeira. Professora Doutora em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva (NEPESC). Palmeira das Missões (RS), Brasil. 

Publicado

2018-10-31

Como Citar

1.
Smaniotto Gehlen RG, Cocco da Costa M, Arboit J, Bastos da Silva E. SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE A VIOLÊNCIA VIVENCIADAS POR MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO: ESTUDO DE CASO. Cienc enferm [Internet]. 31º de outubro de 2018 [citado 3º de julho de 2024];240:1-12. Disponível em: https://revistas.udec.cl/index.php/cienciayenfermeria/article/view/524

Edição

Seção

Investigaciones