COMPETÊNCIA CULTURAL EM ESTUDANTES DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE CHILENA

Resumo

Objetivo: Determinar os níveis de competência cultural em estudantes de diferentes cursos da área da saúde de uma universidade chilena e sua associação com variáveis sociodemográficas. Material e
Método: Estudo descritivo, transversal e correlacional. A amostra foi composta por 354 estudantes de
graduação dos últimos anos de diversos cursos na área da saúde. Foi aplicada a Escala de Medição de
Competência Cultural (EMCC-14) para avaliar a competência cultural em três dimensões: sensibilidade,
conhecimentos e habilidades culturais. As associações com idade, gênero, programa acadêmico e
conhecimento prévio foram analisadas utilizando testes não paramétricos: U de Mann-Whitney e H de Kruskal-Wallis. Resultados: Estudantes que não se identificaram com os gêneros masculino ou feminino obtiveram os escores mais altos de competência cultural (? 91,1 pontos). Entre os programas acadêmicos, Enfermagem e Terapia Ocupacional apresentaram os maiores escores (81,1 pontos), enquanto Fisioterapia e Tecnologia Médica obtiveram os mais baixos (70,5 e 71,4 pontos, respectivamente). Observou-se uma diferença estatisticamente significativa nas medianas da subárea “Conhecimento” de acordo com o gênero (p=0,010). Conclusão: Identificaram-se lacunas importantes nos níveis de competência cultural entre os programas da área da saúde durante a formação profissional. É necessária uma revisão crítica dos currículos e a transversalização do ensino da competência cultural. Além disso, é importante aprofundar a análise da relação entre diversidade de gênero e competência cultural.