CONFIGURAÇÕES E DINÂMICAS FAMILIARES DE MULHERES-MÃES DURANTE TRAJETÓRIA NA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Palavras-chave:
Relações familiares, mulheres, narcóticos, drogasResumo
Introdução: O uso da droga tem afligido diretamente as relações familiares, interferindo nos laços criados, no amparo e na relação segura, adquirida ao longo da convivência familiar. Objetivo: Analisar a dinâmica familiar de mulheres-mães, antes, durante e após o convívio com as drogas. Material e método: Estudo qualitativo, exploratório e descritivo, utilizando entrevista semi-estruturada, com mulheres-mães internadas em um centro de recuperação de Petrolina-PE. Resultados: No período anterior às drogas as relações familiares eram referenciadas como boas, em oposição ao contexto às drogas, na qual evidenciou-se a naturalização da vida na rua, o roubo, a prostituição e a exploração sexual de menor, como meios de vida para sustentar o vício. A rejeição familiar esteve presente, modificando-se com a internação das depoentes, quando se apontou a possibilidade de reconstituição familiar. Conclusão: A participação da família no tratamento e cuidado das depoentes foi fundamental para fortalecer a aproximação das relações afetivas, o rompimento do estigma e preconceito tão prevalentes na sociedade. É necessário, também, que os profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros estejam atentos e promovam a integração entre cuidado e cuidador, bem como conheçam a família e o contexto familiar em que vivem para traçar um cuidado mais efetivo.
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