INFIDELIDADE MASCULINA E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: VIVÊNCIA DE UM GRUPO DE MULHERES
Palavras-chave:
Identidade de gênero, feminismo, violência doméstica, infidelidadeResumo
Este artigo tem como objetivo apresentar a experiência de mulheres na relação vivida com seus parceiros, cuja natureza do estudo foi qualitativa. Participaram 14 mulheres na faixa etária de 20 a 24 anos, residentes na periferia de Maceió, capital do estado de Alagoas. A coleta de informação foi realizada por meio de entrevistas, utilizando gênero como referencial teórico e a história oral temática como procedimento metodológico. A gravidez ocorrida na adolescência propiciou a união consensual, quando ela não existia anteriormente, com exceção de uma das participantes. Porém nesta união alguns homens agiam mais livremente, mantendo relações extraconjugais e chegavam a agredir suas mulheres, em casa. A maioria das mulheres convive com o problema da infidelidade masculina e da violência doméstica, que é acrescido das circunstâncias de dificuldade de sobrevivência. No exame de suas histórias observamos que elas consideram errada a atitude do parceiro, de trair e agredir, mas a maioria se submete a tomarem conhecimento e terem reações passivas, ou queixas que geram brigas entre o casal, porém que não garante a modificação de comportamento do mesmo e a sua integridade física e psicológica. Essa situação revela a dominação masculina exercida nas relações entre os sexos, caracteriza as assimetrias de gênero que permeiam as relações conjugais, no grupo estudado, e dá visibilidade à posição de submissão a que essas mulheres estão sujeitas.
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