COVID -19 EM OBESOS: DESFECHO DAS INTERNAÇÕES NO PRIMEIRO ANO DE PANDEMIA

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Resumo

Objetivo: realizar um estudo comparativo de caso-controle (obesos e não obesos) em relação ao desfecho das internações dos casos graves de COVID-19. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo de caso-controle, com abordagem analítica e quantitativa. A coleta de dados foi realizada através das fichas de notificação de Síndrome Respiratória
Agudas Grave (SRAG) disponibilizadas em uma base de dados oficial no estado do Paraná, localizado na região Sul do Brasil, durante o período de março de 2020 a março
de 2021. Plano amostral: A amostra incluiu 54.667 indivíduos hospitalizados com COVID-19 grave, classificados como obesos (IMC ? 30 kg/m²) ou não obesos (IMC < 30 kg/m²). Análise estatística: As internações de obesos e não obesos foram analisadas por meio de números absolutos e percentuais. As variáveis independentes foram: sexo,
idade, obesidade, comorbidades, uso de suporte ventilatório e local de internação. Como variável dependente a cura ou óbito. Para avaliar a associação foi realizado o teste de Mantel Haenszel generalizado. A medida de associação foi à razão de chances com nível de confiança de 95% pelo software R. Resultados: A razão de chances entre uso de suporte ventilatório e evolução do caso não diferem entre obesos e não obesos (? 2 = 2.97, df = 1, p = 0.08). A razão de chances entre faixa etária (? 2 = 32.28, df = 1, p <
0.001), comorbidades 2.60(IC95% = (2.48, 2.71) , sexo (? 2 = 5.35, df = 1, p = 0.02), internação em UTI ((? 2 = 3.64, df = 1, p = 0.05) e evolução do caso diferem entre obesos e não obesos. Conclusão: Obesos apresentam desfechos desfavoráveis das internações quando comparados a não obesos.