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Ciencia y enfermería

versión On-line ISSN 0717-9553

Cienc. enferm. vol.27  Concepción  2021  Epub 27-Ene-2022

http://dx.doi.org/10.29393/ce27-37bihm40037 

REVISIÓN

BURNOUT, INSTABILIDADE NO TRABALHO, DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES E ABSENTEÍSMO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE: REVISÃO DE ESCOPO

BURNOUT, WORK INSTABILITY, MUSCULOSKELETAL DISORDERS AND ABSENTEEISM IN HEALTH PROFESSIONALS: SCOPING REVIEW

BURNOUT, INESTABILIDAD EN EL TRABAJO, TRASTORNOS MUSCULOESQUELÉTICOS Y ABSENTISMO EN PROFESIONALES DE LA SALUD: REVISIÓN DE ALCANCE

Heloisa Ehmke Cardoso Dos Santos1 
http://orcid.org/0000-0001-5232-5876

Gragtelle Pereira Aires Garcia2 
http://orcid.org/0000-0002-0406-3063

Isabela Fernanda Larios Fracarolli3 
http://orcid.org/0000-0003-3180-328X

Maria Helena Palucci Marziale4 
http://orcid.org/0000-0003-2790-3333

1Enfermeira, Doutoranda, Departamento de Enfermagem Geral e Especializada, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto/SP, Brasil. Email: heloecs@hotmail.com .

2Enfermeira, Doutoranda, Departamento de Enfermagem Geral e Especializada, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto/SP, Brasil. Email: gracielleaires@gmail.com

3Enfermeira, Doutoranda, Departamento de Enfermagem Geral e Especializada, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto/SP, Brasil. Email: isabela_larios@hotmail.com

4Enfermeira, Dra. em Enfermagem, Departamento de Enfermagem Geral e Especializada, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto/SP, Brasil. Email: marziale@eerp.usp.br

RESUMO

Objetivo: Mapear a produção científica sobre a Síndrome de Burnout, instabilidade no trabalho, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e o absenteísmo em profissionais de saúde. Material e Método: revisão de escopo realizada nas bases de dados: Web of Science, PubMed, Cochrane, LILACS, CINAHL, Scopus, Embase, repositório Google Scholar e na biblioteca virtual SciELO. Foram incluídos estudos quantitativos, qualitativos, estudos primários e revisões, publicados nos últimos 20 anos, nos idiomas português, inglês e espanhol. Resultados: Onze estudos foram selecionados, sendo a maioria transversais, realizados com médicos e enfermeiros de hospitais, os quais evidenciaram que a instabilidade no trabalho se associou ao aumento das cargas e demandas psicológicas, apresentaram relação com o Burnout e o absenteísmo. Conclusão: A Síndrome de Burnout em profissionais de saúde está relacionada com a instabilidade no trabalho e com distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e ocasionou absenteísmo entre os profissionais de saúde.

Palavras-chave: Burnout, Esgotamento profissional; Distúrbios osteomusculares; Absenteísmo; Profissionais de saúde; Instabilidade no trabalho

ABSTRACT

Objective: To map the scientific production on Burnout Syndrome, work instability, work-related musculoskeletal disorders and absenteeism in health professionals. Material and Method: Scoping review conducted in the databases: Web of Science, PubMed, Cochrane, LILACS, CINAHL, Scopus, Embase, Google Scholar repository and SciELO virtual library. We included quantitative and qualitative studies, primary studies and reviews, published in the last 20 years, in Portuguese, English and Spanish. Results: Eleven studies were selected, most of them cross-sectional, conducted with doctors and nurses in hospitals, which showed that work instability was associated with increased psychological loads and demands, showed a relationship with burnout and absenteeism. Conclusion: Burnout syndrome in healthcare professionals is related to work instability and work-related musculoskeletal disorders and caused absenteeism among healthcare professionals.

Key words: Burnout; Burnout, professional; Musculoskeletal disorders; Absenteeism; Healthcare personnel; Work instability

RESUMEN

Objetivo: Mapear la producción científica sobre Síndrome de Burnout, inestabilidad en el trabajo, trastornos musculoesqueléticos relacionados con el trabajo y absentismo en los profesionales sanitarios. Material y Método: Revisión de alcance realizada en las bases de datos: Web of Science, PubMed, Cochrane, LILACS, CINAHL, Scopus, Embase, repositorio Google Scholar y biblioteca virtual SciELO. Se incluyeron estudios cuantitativos y cualitativos, estudios primarios y revisiones, publicados en los últimos 20 años, en idiomas portugués, inglés y español. Resultados: Se seleccionaron 11 estudios, la mayoría transversales, realizados con médicos y enfermeras en hospitales, que mostraron que la inestabilidad en el trabajo se asoció con el aumento de las cargas y demandas psicológicas, mostrando una relación con el burnout y el absentismo laboral. Conclusión: El síndrome de Burnout en los profesionales sanitarios está relacionado con inestabilidad en el trabajo y con trastornos musculoesqueléticos relacionados con el trabajo, y es causa de absentismo entre los profesionales sanitarios.

Palabras clave: Burnout; Agotamiento profesional; Trastornos musculoesqueléticos; Absentismo; Profesionales de salud; Inestabilidad en el trabajo

INTRODUÇÃO

O trabalho é uma das atividades mais relevantes realizadas pelo ser humano e abrange parte da vida do mesmo1. Contudo, as demandas laborais do ambiente, o processo e a organização do trabalho podem influenciar na saúde do trabalhador expondo-os a uma série de riscos, dentre os quais destaca-se os riscos psicossociais. Esses riscos se relacionam à fatores que podem contribuir ou mesmo provocar o adoecimento físico e mental dos trabalhadores2, e além disso, as condições de trabalho estressantes podem afetar negativamente o trabalhador e a instituição3,4). Com relação ao adoecimento mental dos trabalhadores, os elementos políticos, económicos, sociais, culturais, ambientais e intrapsíquicos do processo de saúde/ doença, dos trabalhadores, podem influenciar no surgimento desse problema5,6. A carga de trabalho está associada a estressores laborais e causar agravos significativos em razão de condições precárias de organização do trabalho, que vão desde a baixa valorização e remuneração, descompasso entre tarefas prescritas e realizadas, até a escassez severa de recursos e problemas de infraestrutura7,8.

Neste contexto, a Síndrome de Burnout é resultante de um estresse crónico no local de trabalho que não foi administrado e assistido com qualidade8, é caracterizada por um sentimento de ineficácia profissional associada a uma despersonalização, provocando sintomas físicos e psicológicos, sendo constituída por três dimensões: exaustão emocional, cinismo e ineficácia profissional8-10. A exaustão emocional é caracterizada pelo distanciamento emocional para com o trabalho; o cinismo/despersonalização está relacionado ao desenvolvimento de comportamentos negativos e insensibilidade com as pessoas que recebem o trabalho prestado; e a ineficácia profissional é ausência da realização pessoal, a avaliação do próprio trabalho de forma negativa, associando com sensações e avaliações de baixa autoestima8,9,11 Essa síndrome pode surgir por meio da ocorrência do estresse no trabalho e quando o trabalhador vivencia uma perda de expectativas e motivações pessoais e profissionais12, podendo ocasionar déficit na produtividade e na qualidade do trabalho, absenteísmo, aumento da rotatividade, acidentes ocupacionais, problemas sociais, depressão e doenças mentais13.

No que diz respeito ao adoecimento físico que pode acometer os trabalhadores, destacam-se os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) que afetam o aparelho locomotor (músculos, tendões, ossos, cartilagem, ligamentos e nervos), e são ocasionados pela repetitividade de movimentos, demandas e força posturais, tensão muscular e condições ambientais e/ou psicossociais desfavoráveis14,15 Podem gerar problemas na saúde pública, ocasionar limitações16, interferir nas atividades laborais e de vida diária17,18, representando umas das principais causas de absenteísmo no trabalho14,19.

A incompatibilidade entre a capacidade funcional do trabalhador durante a prática laboral pode interferir no desenvolvimento do trabalho, além disso, ela abrange uma concepção holística integrando os elementos físicos e psicossociais, e identificando a relação entre os aspectos individuais do trabalho e do ambiente, podendo ser denominada instabilidade no trabalho20,21.

Em consequência dos distúrbios físicos e psíquicos surge a instabilidade no trabalho, definida como o período em que os trabalhadores têm maior dificuldade em realizar suas atividades, devido a uma incompatibilidade entre sua capacidade funcional e suas atividades laborais20, relacionando-se à divergência entre as demandas da ocupação e as capacidades individuais22; avalia o impacto da saúde do trabalhador na produtividade do trabalho e mensura o quanto o profissional está conseguindo realizar e gerenciar suas tarefas no trabalho20,21.

Os distúrbios musculoesqueléticos e as doenças psicológicas foram as causas mais frequentes de instabilidade e afastamento no trabalho entre trabalhadores de enfermagem, e, neste contexto, manter a capacidade para o trabalho por meio do diagnóstico precoce e da oferta de intervenções são importantes para minimizar a instabilidade no trabalho23.

Considerando que os distúrbios osteomuscu-lares e o desgaste mental contribuem para a diminuição da capacidade para o trabalho, em especial na instabilidade no trabalho, esta revisão busca oferecer subsídios para o conhecimento frente à temática do adoecimento físico e mental. Com isso, este estudo teve por objetivo mapear a produção científica sobre a relação entre Síndrome de Burnout, instabilidade no trabalho, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e absenteísmo-doença em profissionais de saúde.

MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de uma revisão de escopo cuja proposta viabiliza a síntese de evidências sobre um assunto específico rígida e sistematicamente24, e são realizadas cinco etapas operacionais obrigatórias e uma opcional, sendo: 1) Identificação da questão de pesquisa; 2) Identificação dos estudos relevantes; 3) Seleção dos estudos; 4) Mapeamento dos dados; 5) Agrupamento, análise e resumo dos dados; e 6) Consulta a pesquisadores (opcional'24,25. Na primeira etapa, para a elaboração da questão norteadora utilizou-se a estratégia PICO26, o acrónimo para População (P), Intervenção (I), Comparação (C) e Outcome (O), buscando recuperar as publicações. O uso dessa estratégia direciona a identificação de palavras-chave relacionadas ao tema, facilitando o processo de construção da estratégia de busca de estudos relevantes para que seja localizada a melhor evidência científica26, sendo P: profissionais de saúde; I: instabilidade no trabalho, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e absenteísmo-doença; C: não foi aplicável, visto não haver comparações neste estudo; e O: Síndrome de Burnout. A pergunta de investigação originada foi: a Síndrome de Burnout em profissionais de saúde tem relação com a instabilidade no trabalho, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e o absenteísmo-doença?

De forma a garantir a identificação dos estudos relevantes, na segundo etapa, a busca dos estudos, foi realizada em maio de 2020 nas seguintes bases de dados: Web of Science (WOS/ISI), Scopus, Medical Literature Analysis and Retrieval Online (MEDLINE/ PuBMed), Cochrane Library (Cochrane), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), The Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Embase; na biblioteca virtual Scientific Electronic Library (SciELO) e no repositório Google Scholar. As estratégias de buscas estão descritas na Tabela 1. Após a realização da busca, os estudos foram exportados e mapeados por meio do software State of the Art through Systematic Review (StArt)27.

Tabela 1 Estratégias de busca nas bases de dados. Ribeirão Preto, SP, Brasil, 2020. 

Na terceira etapa, foram incluídos estudos quantitativos, qualitativos, estudos primários e revisões, publicados nos últimos 20 anos, nos idiomas português, inglês e espanhol, com textos completos disponíveis e que respondessem à pergunta de investigação, a fim de identificar o maior número de estudos possíveis. Os estudos encontrados estão apresentados no fluxograma do processo de seleção dos estudos adaptado do PRISMA-ScR28 por meio da Figura 1.

Os artigos repetidos em mais de uma fonte de dados foram contabilizados uma vez. O mapeamento das informações relevantes para síntese e interpretação dos dados representa o quarto estágio, e foram extraídos e mapeados.

Na quinta etapa foi realizado o agrupamento, análise e resumo dos dados por dois revisores. As dúvidas e incongruências sobre a inclusão ou não inclusão dos artigos na amostra final foram analisadas e discutidas por um terceiro revisor, quando necessário.

RESULTADOS

Foram encontrados 1289 artigos nas bases de dados, biblioteca virtual e repositórios pesquisados, sendo: 904 (70,2%) artigos na PubMed, 200 (15,6%) na Scopus, 34 (2,6%) na CINAHL, 28 (2,2%) na LILACS, 11 (0,8%) na WOS, oito (0,6%) na Embase, dois (0,1%) na Cochrane, dois (0,1%) na SciELO e 100 (7,8%) no Google Scholar. Dos 11 artigos analisados, todos estavam em inglês29-39) (Quadro 1).

DISCUSSÃO

Os estudos incluídos nesta revisão demonstraram a associação do burnout com a instabilidade no trabalho, com destaque para a diminuição da autonomia, aumento de carga horária de trabalho, com prometimento e despersonalização. Evidenciou-se também a associação do burnout com DORT, sendo que os principais problemas destacados foram às dores osteomusculares e o esgotamento. As evidências mostraram que o burnout também apresenta relação com o absenteísmo doença e a exaustão psicológica, provocando faltas no trabalho que interferem na gestão laboral e estresse respectivamente. Elevados níveis de burnout foram associados ao estresse relacionado ao trabalho29 e a fadiga relacionada à exaustão emocional30.

Figura 1 Diagrama de fluxo do processo de seleção dos estudos adaptado do PRISMA-ScR. 

Quadro 1 Caracterização dos estudos selecionados, Ribeirão Preto, SP, Brasil, 2020. 

Destaca-se que o burnout é um problema preocupante entre os profissionais de saúde e vem se tornando mais frequente, devido às demandas excessivas de trabalho que podem causar efeitos negativos nos trabalhadores, relacionados aos aspectos somáticos, psicológicos e organizacio-nais*40', provocando esgotamento, desmotivação e sobrecarga no trabalho41. Em um estudo realizado na Etiópia entre profissionais de saúde, destacou-se que mais da metade desses profissionais foram afetados por estresse ocupacional e burnout, respec-tivamente6.

Os artigos analisados abordaram o burnout e a relação com a instabilidade no trabalho, fortalecendo o vínculo entre o aumento da carga de trabalho, fadiga e diminuição da eficácia laboral do trabalhador. Isso acontece, pois a síndrome de burnout pode ser resultante de estresse de ação prolongada no ambiente laboral e da presença dos sintomas musculoesqueléticas40. O esgotamento profissional em profissionais de saúde está em evidência nas investigações científicas mediante as consequências tanto para o empregado quanto ao empregador, e também na assistência direta aos pacientes35,35). A sobrecarga de trabalho foi um fator de risco importante apresentado por estudo realizado com enfermeiros, impactando nos acidentes de trabalho e provocando também a síndrome de burnout42. Ademais, essa síndrome provocou consequências negativas nas relações interpessoais no trabalho por meio da exaustão emocional, cinismo e ineficácia profissional35.

O aumento da carga de trabalho foi discutido nos estudos que abordaram a instabilidade no trabalho, uma vez que, as atividades laborais prolongadas e intensas afetaram o profissional ocasionando sintomas físicos e psíquicos31,34,35,37,39. Este fato está relacionado à discrepância entre as demandas de trabalho impostas ao trabalhador e as capacidades individuais do mesmo22.

Com relação ao burnout e os distúrbios osteo-musculares, as evidências demonstram que os trabalhadores que relataram dores nas costas, pescoço e ombros sofreram esgotamento no trabalho32,43. A carga de trabalho associou-se ao estresse e ao risco psicossocial, aumentando a tensão no trabalho, e consequentemente aumentando a exaustão emocional37. Neste contexto, destaca-se que o estresse laboral está relacionado aos fatores físicos representado pela atividade muscular, força e postura do trabalhador, e pelos fatores mentais caracterizado pelo ambiente do trabalho, relações interpessoais e a tomada de decisão44. Tal situação pode ser confirmada em um estudo de revisão, em que foi constatada que a síndrome de burnout foi um fator de risco para o surgimento de dores musculoesqueléticas45.

Dentre os principais determinantes da instabilidade no trabalho encontram-se a dor, a fadiga e os sintomas depressivos em pacientes com distúrbios musculoesqueléticos46, além disso, os DORT provocam desgaste físico e mental dos trabalhadores, prejudicando a prática profissional e o rendimento47. A dor musculoesquelética relacionou-se com os sentimentos de esgotamento profissional, e influenciou na capacidade de executar o trabalho36. Diante disso, destaca-se que nos profissionais de saúde, a dor musculosquelética apresenta-se como um fator sobrecarregador48, pois as cargas de trabalhos intensas podem provocar desgastes físicos.

Concernente aos distúrbios musculoesqueléticos e Síndrome de Burnout, destaca-se que esses distúrbios estão entre as principais causas de doenças ocupacionais nos profissionais de saúde em todo o mundo, principalmente entre a equipe de enfermagem43,49,50, e sua associação com o burnout tem motivado novas discussões, principalmente por ocasionar adoecimento físico e mental. Estudo de revisão sistemática da literatura45 objetivou resumir as evidências das consequências físicas, psicológicas e ocupacionais do burnout no trabalho em investigações prospectivas, e constatou-se uma associação significativa entre os distúrbios osteomusculares e Síndrome de Burnout, observando um aumento nos níveis do esgotamento profissional associados a um risco elevado de desenvolver dor musculoesquelética. Verificou-se ainda que, profissionais diagnosticados com altos níveis de burnout apresentaram uma chance aumentada de desenvolver dor musculoesquelética38, e isso pode interferir na sua capacidade de execução das atividades no trabalho, pois as regiões mais comumente afetadas são membros superiores, região cervical e lombar e membros inferiores, provocando também o cansaço mental, cefaleia, nervosismo e falha na memória42.

A literatura não apresenta um grande número de investigações que contemplam a relação entre burnout e absenteísmo, porém alguns autores identificaram que o burnout e idade foram fatores que afetaram de forma negativa a frequência do trabalhador no trabalho33, e também foi considerado como um preditor potencial de absenteísmo51. Esses achados indicam a necessidade de realização de estudos de fortes evidências para comprovar essas associações.

As consequências do burnout foram identificadas entre trabalhadores que apresentaram níveis médios ou altos dessa síndrome, e apresentaram maior risco de ausência no trabalho por doença de curto ou longo prazo45. A saúde debilitada do trabalhador juntamente com sua capacidade funcional diminuída pode levar ao absenteísmo, o que provoca preocupação para o profissional relacionada a uma possível perda de emprego e até exclusão permanente do mercado de trabalho, além das consequências económicas para as instituições empregadoras. O elevado desgaste profissional é promissor para o surgimento de absenteísmo por doença em enfermeiros, e isso provoca o aumento da carga de trabalho dos outros profissionais que estão em seus postos executando as práticas laborais39. Desta forma, é necessário focar no contexto organizacional e social do trabalho, avaliar os precedentes da Síndrome de Burnout e da instabilidade no trabalho, evitar a rotatividade dos profissionais da saúde, verificar e intervir no abandono da profissão, absenteísmo, presenteísmo e realizar intervenções.

Os indicadores resultantes dos estudos analisados possibilitam identificar que a síndrome de burnout se associa com a instabilidade no trabalho, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e o absenteísmo-doença, provocando adoecimento físico, mental e ausência no trabalho.

Com relação às limitações do estudo, o número reduzido de artigos divulgados abordando a relação das variáveis estudadas é considerado um aspecto limitante por não permitir uma análise mais aprofundada dos fenómenos, e considerando a tendência crescente do adoecimento de profissionais de saúde e ausências no trabalho, sugere-se a elaboração de novas investigações sobre esses objetos para ampliar o conhecimento científico e subsidiar o planejamento de intervenções e ações preventivas.

CONCLUSÃO

As investigações realizadas indicam que a síndrome de burnout em profissionais de saúde relaciona-se com a instabilidade no trabalho e com os DORT, e ocasiona absenteísmo entre os profissionais de saúde. Além disso, a instabilidade no trabalho está relacionada com as demandas que a ocupação impõe ao trabalhador associada às capacidades individuais das pessoas, e pode provocar o adoecimento de profissionais de saúde relacionados à Síndrome de Burnout e DORT.

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Recebido: 25 de Maio de 2021; Aceito: 12 de Agosto de 2021

Autora correspondente: heloecs@hotmail.com

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