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Ciencia y enfermería

versión On-line ISSN 0717-9553

Cienc. enferm. vol.27  Concepción  2021  Epub 20-Dic-2021

http://dx.doi.org/10.29393/ce27-32fabi50032 

INVESTIGACION

FATORES ASSOCIADOS AO CRESCIMENTO DE CRIANÇAS FILHAS DE MÃES COM AGRAVO DE TRANSMISSÃO VERTICAL

FACTORS ASSOCIATED WITH GROWTH IN CHILDREN BORN TO MOTHERS WITH A VERTICALLY TRANSMITTED DISEASE

FACTORES ASOCIADOS AL CRECIMIENTO DE HIJOS DE MADRES CON AGRAVAMIENTO DE TRANSMISIÓN VERTICAL

Bianca Machado Cruz Shibükawa1 
http://orcid.org/0000-0002-7739-7881

Gabrieli Patrício Rissi2 
http://orcid.org/0000-0002-1702-4004

Roberta Tognollo Borotta Uema3 
http://orcid.org/0000-0002-8755-334X

Maria De Fátima Garcia Lopes Merino4 
http://orcid.org/0000-0001-6483-7625

Ieda Harumi Higarashi5 
http://orcid.org/0000-0002-4205-6841

1Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil. Email: bih.cruuz@gmail.com.

2Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil. Email: gabrielirissi@gmail.com

3Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil. Email: robertaborotta@hotmail.com

4Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil. Email: fatimamerino@gmail.com

5Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá. Maringá, Paraná, Brasil. Email: ieda1618@gmail.com

RESUMO

Objetivo: Analisar os fatores associados ao crescimento infantil de filhos de mulheres diagnosticadas com agravo de transmissão vertical. Material e Método: Estudo longitudinal, retrospectivo e quantitativo. A amostra foi composta por prontuários de filhos de mulheres com HIV/AIDS, sífilis e toxoplasmose gestacional do ambulatório de alto risco do noroeste do Paraná, Brasil. Para a análise dos dados, realizou-se estatística descritiva e teste Qui-quadrado. Resultados: Analisou-se 136 prontuários de filhos de mulheres com agravo de transmissão vertical, sendo 59,6% com sífilis, 22,8% toxoplasmose e 17,6% HIV. Crianças filhas de mães com toxoplasmose e HIV/ AIDS, apresentaram 2,7 e 4,1 maiores chances, respectivamente, de desenvolver alterações de crescimento na infância. Verificaram-se alterações de crescimento em 61% dos encaminhamentos, os quais foram associados às variáveis de nascimento. Os percentis fora da normalidade apresentaram predominância do diagnóstico nutricional de magreza acentuada. Conclusões: Os fatores associados às alterações do crescimento identificados nesse estudo foram parto cesárea, Apgar no primeiro e quinto minuto inferior a sete, idade gestacional inferior a 36 semanas e etnia não branca. O sexo e peso não apresentaram associação.

Palavras-chave: Transmissão Vertical de Agravo Infecciosa; Crescimento Infantil; Saúde da Criança; Registros; Antropometria

ABSTRACT

Objective: To analyze the factors associated with child growth in children of women diagnosed with vertical transmission disease. Material and Methods: Longitudinal, retrospective and quantitative study. The sample consisted of medical records of children of women with HIV/ AIDS, syphilis and gestational toxoplasmosis from the high-risk outpatient clinic of northwestern Paraná, Brazil. For data analysis, descriptive statistics and Chi-square test were performed. Results: We analyzed 136 medical records of children of women with vertically transmitted disease, 59.6% with syphilis, 22.8% toxoplasmosis and 17.6% HIV. Children born to mothers with toxoplasmosis and HIV/AIDS had 2.7 and 4.1 greater chances, respectively, of developing growth alterations in childhood. Growth alterations were observed in 61% of referrals, which were associated with birth variables. The non-normal percentiles presented a predominance of the nutritional diagnosis of marked thinness. Conclusions: Factors associated with growth alterations identified in this study were cesarean delivery, Apgar in the first and fifth minutes of less than seven, gestational age less than 36 weeks and non-white ethnicity. Sex and weight were not associated.

Key words: Infectious Disease Transmission Vertical; Child Growth; Child Health; Records; Anthropometry

RESUMEN

Objetivo: Analizar los factores asociados con el crecimiento infantil en niños de mujeres diagnosticadas con enfermedad de transmisión vertical. Material y Método: Estudio longitudinal, retrospectivo y cuantitativo. La muestra consistió de registros médicos de hijos de mujeres con VIH/SIDA, sífilis y toxoplasmosis gestacional de una clínica ambulatoria de alto riesgo en el noroeste del estado de Paraná, Brasil. Para el análisis de datos, se realizó estadística descriptiva y prueba de Chi-cuadrado. Resultados: Se analizaron136 registros médicos de hijos de mujeres con enfermedades de transmisión vertical, 59,6% con sífilis, 22,8% de toxoplasmosis y 17,6% de VIH. Los niños nacidos de madres con toxoplasmosis y VIH/SIDA tenían 2,7 y 4,1 más probabilidades, respectivamente, de desarrollar alteraciones del crecimiento en la infancia. Se observaron alteraciones del crecimiento en el 61% de las derivaciones, las cuales se asociaron a variables de nacimiento. Los percentiles no normales fueron mayores para delgadez acentuada. Conclusiones: Los factores asociados con las alteraciones del crecimiento identificadas en este estudio fueron el parto por cesárea, el Apgar en el primer y quinto minuto de menos de siete, la edad gestacional de menos de 36 semanas y la etnia no blanca. El sexo y el peso no se asociaron.

Palabras clave: Transmisión Vertical de Enfermedad Infecciosa; Crecimiento Infantil; Salud del Niño; Registros; Antropometría

INTRODUÇÃO

O crescimento infantil é um dos principais indi cadores da qualidade de vida e saúde da população pediátrica. O acompanhamento do mesmo constitui a principal linha de cuidado das políticas públicas voltadas à saúde da criança, já que se configura como um método simples e eficaz na promoção da saúde e prevenção de agravos1.

Tais fatores podem sofrer influência dos aspectos culturais, ambientais e socioeconômicos no qual a criança se encontra inserida, visto que condições de saúde inapropriadas tendem a propiciar desfechos desfavoráveis1. A alimentação, a saúde, higiene, habitação e os cuidados gerais e acompanhamento que fazem parte do desenvolvimento adequado da criança, também são fatores que podem acelerar ou retardar o processo de crescimento2.

Monitorar o desenvolvimento e o crescimento infantil é um processo amplo, contínuo, muitas vezes não linear, porém imprescindível para um adequado manejo das políticas públicas relacionadas à atenção à criança3. Deste modo, sabe-se que os seis primeiros meses de vida da criança são cruciais nesta determinação, já que neste período, o processo de crescimento e desenvolvimento apresenta um ritmo bastante acelerado e intensificado4.

Nessa fase as avaliações relacionadas ao crescimento e desenvolvimento além de englobar parâmetros físicos também auxiliam no diagnóstico de processos patológicos, e são a melhor etapa para prevenção de agravos e promoção da saúde, uma vez que na maioria dos casos, os pais e a família estão abertamente dispostos a cuidar bem do seu filho5. Déficits de crescimento podem ocasionar diversos problemas na saúde da criança, especialmente em relação ao comprometimento do desenvolvimento neuropsicomotor e ao aumento do risco de morbidades e mortalidade infantil6.

Nesse sentido, o acompanhamento efetivo da população pediátrica deve ser realizado por uma equipe de saúde multidisciplinar, considerando a criança como um ser biopsicossocial7. Com o objetivo de realizar o acompanhamento pediátrico, estabeleceu-se, a nível estadual no Brasil, o Programa Rede Mãe Paranaense (PRMP), o qual se constitui como uma vertente do programa federal Rede Cegonha8.

O PRMP surgiu depois de diversas tentativas de modificar o cenário da morbimortalidade infantil. A preocupação com essa demanda teve início com o processo de industrialização, entretanto os programas de saúde infantil direcionavam-se para os grupos de maior vulnerabilidade e organizados de forma verticalizada sem a articulação com as politicas sociais e o conceito de redes de atenção9.

O programa em questão tem sua aplicabilidade em território brasileiro, porém pesquisas realizadas em demais localidades da América Latina e Caribe demonstraram que uma das vertentes para superar as desigualdades e consequentemente reduzir a mortalidade materna e infantil, objetivos propostos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, é justamente otimizar o acesso e acompanhamento das condições que envolvem o pré-natal, parto, nascimento e acompanhamento da saúde infantil10.

Ainda na realidade dos países latino-americanos tem-se que no período de 2000 a 2012 muitos países reduziram a mortalidade infantil, em especial Brasil e Peru. Os óbitos em menores de cinco anos diminuíram de forma significativa. Em relação à mortalidade materna, o Brasil e demais países ibéricos ainda apresentava uma taxa inferior aos países latinos, porém tal taxa ainda era sete vezes maior que Portugal, por exemplo. Tal situação justifica o investimento em programas como a RMP, cujo foco envolve tanto a saúde materna, como a saúde infantil11.

O atendimento proporcionado pelo PRMP estabelece um conjunto de ações desde a captação precoce da gestante até o acompanhamento pediátrico até o primeiro ano de vida8. Tal acompanhamento é realizado por meio de estratificações de risco, visando a otimização do atendimento e a adequação ao nível de atenção em saúde de cada usuário8.

Dentro da estratificação de risco do PRMP, encontra-se o alto risco, o qual é responsável por atender recém-nascidos que apresentaram complicações graves de nascimento ou cujas mães manifestaram alguma agravo de transmissão vertical preconizada pela Linha Guia do programa8.

As doenças de transmissão vertical com maior enfoque dentro do Programa são toxoplasmose, sífilis e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)8. Em termos epidemiológicos, a toxoplasmose afeta aproximadamente 15% das mulheres em idade fértil nos Estados Unidos da América (EUA), apresentando uma taxa de incidência de toxoplasmose congênita estimada em 400 a 4.000 casos por ano12. No Brasil, essa taxa varia de 1 a 7 casos a cada 1.000 nascidos vivos13. A sífilis materna está associada a um risco aumentado de 21% de natimortos14. Nos EUA, estimou-se que entre 2014 e 2018, a sífilis primária e secundária em mulheres aumentou em 172% e a sífilis congênita acompanhou essa ascensão, aumentando em 185% no mesmo período14. Nacionalmente, a taxa de sífilis em gestantes é de 7,4/1.000 nascidos vivos, enquanto de sífilis congênita, alcança o patamar de 4,7/1.000 nascidos vivos, ainda muito distante da taxa proposta pela Organização Mundial Saúde (OMS) de 0,5 a cada mil nascidos vivos15,16.

A AIDS afeta cerca de 36,9 milhões de pessoas no mundo, sendo que em torno de 15,3 milhões são mulheres em idade reprodutiva(17, 18). Semanalmente, cerca de 7.000 mulheres jovens são infectadas15, sendo que no Brasil a taxa de transmissão vertical é de 2,6 casos a cada mil nascidos vivos18.

Diante de tais estatítisticas, ressalta-se a importância que o PRMP possui frente à detecção precoce de sinais e agravos à saúde, o que permite implementar intervenções necessárias para o restabelecimento da vitalidade infantil.

Em âmbito internacional e nacional, observa-se uma escassez de estudos que avaliam o crescimento dos filhos de mulheres com agravo de transmissão vertical, portanto, investigar essa temática é fundamental não apenas por se tratar de um indicador da qualidade de vida e da saúde infantil, mas também por expressar a situação ambiental, socioeconômica e cultural das crianças avaliadas8.

Com base nestas considerações, surgiu a necessidade de proposição do presente estudo, o qual objetivou analisar os fatores associados ao crescimento infantil de filhos de mulheres portadoras de agravo de transmissão vertical acompanhados pelo Ambulatório de Alto Risco da Rede Mãe Paranaense. Destaca-se que tais resultados irão contribuir de forma significativa para o trabalho do profissional enfermeiro, uma vez que em muitas situações, compete a este o acompanhamento dos indicadores de saúde materna infantil.

MATERIAL E MÉTODO

Pesquisa longitudinal, retrospectiva, de abordagem quantitativa, na qual se utilizou as recomendações STROBE (Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology) como embasamento para construção deste manuscrito19. O local do estudo foi um ambulatório de alto risco do Programa Rede Mãe Paranaense do sul do Brasil, o qual é referência para atendimento de 25 municípios. A pesquisadora realizou a coleta de abril 2018 a janeiro de 2019.

A amostra foi composta por todos os prontuários de filhos de mulheres com sífilis e/ou toxoplasmose gestacional, além de portadoras do HIV ou AIDS, encaminhados ao ambulatório de alto risco no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2018. Os dados foram oriundos de prontuários, e o período analisado foi de janeiro de 2015 a dezembro de 2018. Os prontuários das crianças foram analisados desde o momento de admissão no serviço ambulatorial, até as crianças completarem um ano de vida ou receberem alta institucional.

Foram definidos como critérios de inclusão: prontuários eletrônicos de crianças cadastradas no ambulatório de alto risco da Rede Mãe Paranaense, que possuíssem como critério de estratificação, o fato de ser filho de mãe portadora de sífilis, toxoplasmose, HIV ou AIDS durante a gestação. O único critério de exclusão diz respeito aos prontuários de crianças que realizaram apenas uma consulta no ambulatório da Rede Mãe Paranaense, inviabilizando o acompanhamento das medidas de crescimento nos prontuários das crianças, por meio dos gráficos preconizados pela Organização Mundial da Saúde20.

No período analisado pela pesquisa foram encaminhadas ao ambulatório de alto risco em ques tão, 908 crianças, sendo que destas inicialmente, foram excluídas 700 crianças por não atenderem ao critério de inclusão: "ter sido encaminhada devido sífilis, toxoplasmose e HIV materno".

Compareceram à primeira consulta no ambulatório da RMP 124 crianças, filhos de mães portadoras de sífilis, destas, apenas 81 retornaram para segunda consulta ou mais. Em relação à toxoplasmose, 44 crianças fizeram a primeira consulta no período de tempo estipulado, porém apenas 31 retomaram para a segunda consulta ou mais. Já em relação ao HIV, 40 crianças fizeram a primeira consulta, porém apenas 24 retornaram para a segunda consulta ou mais. Portanto, foram incluídos 136 prontuários de crianças cadastradas no ambulatório de alto risco e que atendiam aos critérios de inclusão e exclusão.

Para a coleta de dados, realizou-se agendamento prévio junto ao setor responsável da referida instituição. As informações foram captadas por meio de consulta ao prontuário eletrônico da criança com o auxílio de formulário estruturado, contendo: via de parto, perímetro cefálico, perímetro torácico, comprimento e peso (antropometria) desde o nascimento até o final do primeiro ano de vida da criança, índice de Apgar no 1° e 5° minutos de vida, motivo de encaminhamento ao serviço (filho de mãe com HIV, toxoplasmose ou sífilis) e número de consultas realizadas. Apenas as variáveis infantis foram coletadas e analisadas.

Os dados coletados foram tabulados em planilha do Microsoft Office Excel 2016. Não houveram dados ausentes. Para a análise dos dados referentes ao crescimento infantil, foram utilizados gráficos de crescimento conforme modelo da Organização Mundial da Saúde20, versão menina, menino e prematuro, calculando em cada consulta o percentil do peso, comprimento, perímetro cefálico e Índice de Massa Corporal (IMC).

Para calcular os percentis referentes ao peso, utilizou-se a seguinte fórmula: percentil do peso é igual ao peso real do bebê em gramas dividido pelo peso ideal para a idade, multiplicado por 100. Para o cálculo dos percentis referentes ao comprimento, utilizou-se da seguinte fórmula: comprimento real em centímetros, dividido pelo comprimento ideal para a idade, multiplicado por 100, para o cálculo dos percentis de perímetro cefálico utilizou-se a fórmula: perímetro cefálico real, dividido pelo perímetro cefálico esperado para a idade, multiplicado por 100 e para o cálculo do percentil do IMC utilizou-se a fórmula: IMC real, dividido pelo IMC ideal para a idade, multiplicado por 100.

Para efeito de cálculo e posterior análise, a fim subsidiar a interpretação da evolução pondero-estatural e de perímetro cefálico das crianças, foram considerados dentro da normalidade, os valores contidos entre os percentis entre 3 e 97, conforme recomendação da OMS20.

Para a análise dos fatores associados ao crescimento infantil, realizou-se o teste Qui-quadrado e correção de Yates, para aqueles casos cujo valor da célula se apresentasse menor que 5. O resultado foi expresso por meio de razão de chances (OR), com intervalo de confiança (IC) de 95%. Considerou-se como significância estatística p-valor inferior a 0,05 (p<0,05). Os dados foram processados por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.1.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (COPEP) da Universidade Estadual de Maringá sob o parecer n° 2.287.476 de setembro de 2017. Todos os preceitos éticos e legais foram respeitados.

RESULTADOS

Foram analisados 136 prontuários de crianças cadastradas no ambulatório de alto risco e que atendiam aos critérios de inclusão e exclusão. Destas, 113 (83,1%) eram filhas de mulheres com idade entre 19 e 34 anos, 79 (58,1%) com escolaridade maior que oito anos de estudo, 73 (53,7%) brancas e 72 (52,9%) com companheiro. A fim de organizar os resultados encontrados, os mesmo foram agrupados nas seguintes subseções: caracterização relacionada às doenças de transmissão vertical, características de nascimento, registros dos acompanhamentos e crescimento infantil, desfechos e fatores relacionados.

Caracterização relacionada às doenças de transmissão vertical: Destas, 81 (59,6%) eram filhos de mulheres portadoras de sífilis durante a gestação, 31 (22,8%) foram inscritos em função das mães terem sido diagnosticadas com toxoplasmose durante a gestação, e 24 (17,6%) eram filhos de mães HIV/ AIDS positivo.

Verificou-se que 83 (61,0%) das crianças encaminhadas por agravos de transmissão vertical apresentaram alteração de crescimento, sendo 40 (48,2%) de mães diagnosticadas com sífilis, 24 (28,9%) com toxoplasmose e 19 (22,9%) com HIV/AIDS. Observou-se significância estatística em todos os agravos de transmissão vertical (p <0,05), sendo que crianças filhas de mães com toxoplasmose e HIV/AIDS apresentaram 2,7 e 4,1 maiores chances, respectivamente, de desenvolver alterações de crescimento na infância (Tabela 1).

Características de nascimento: Com relação às características sociodemográficas e de nascimento das crianças encaminhadas ao ambulatório por agravo de transmissão vertical, e que apresentaram alteração de crescimento, averiguou-se que a

Tabela 1 Alteração de crescimento categorizados por agravo de transmissão vertical. Maringá, Brasil, 2019. 

principal via de parto foi cesárea, Apgar no primeiro e quinto minuto > 7, idade gestacional > 37 semanas, peso > 2.500 gramas e etnia não branca, sendo que para a variável sexo, não foi verificada predominância (Tabela 2).

Pode-se observar que os dados apresentaram significância para Apgar no primeiro e quinto minuto < 7 e idade gestacional < 36 semanas, assim com Odds Ratio respectivas de 3,6 e 2,5 mais chances de levar à alteração de crescimento na infância. Apontou-se também uma razão de chances para a via de parto cesárea igual a 1,3 e 1,2 para etnia.

No que tange à avaliação do crescimento por meio do sistema percentil, realizada por ocasião da análise dos registros em prontuários gerados a cada consulta no ambulatório de alto risco, a mesma apresentou alto índice de abandono, prejudicando a análise dos dados. Os abandonos do acompanhamento infantil não possuíam justificativa registradas em prontuário, identificou-se apenas a descontinuidade do acompanhamento, devido à falta de registros em prontuário em um período maior ou igual a seis meses.

Nos prontuários de crianças filhas de mães com sífilis gestacional houve perda de 37 (45,7%); nas de toxoplasmose gestacional de 15 (48,4%) prontuários, e de HIV/AIDS, houve falta de segui mento de 7 (29,2%) registros. Contudo, ressalta-se que todos os prontuários elegíveis, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, foram analisados, independentemente se ocorreu ou não o abandono de acompanhamento. Portanto, devido as perdas de seguimento listadas acima, os percentis foram analisados por meio de estatística descritiva, considerando a classificação em magreza acentuada para percentil < 3, eutrofia para o faixa de percentil > 3 a < 97 e sobrepeso/obesidade para percentil > 97, conforme recomendado pela OMS20.

Registros dos acompanhamentos e crescimento infantil: Observou-se que durante todo o período de análise dos registros de acompanhamento, houve predominância do diagnóstico nutricional de eutrofia no prontuário das crianças analisadas por IMC, peso e comprimento.

Em relação ao IMC calculados por meio dos registros em prontuários de crianças encaminhadas ao serviço por agravo de transmissão vertical, detectou-se que, na primeira consulta, os índices considerados fora da normalidade corresponderam

Tabela 2 Caracterização das crianças cadastradas por agravo de transmissão vertical. Maringá, Brasil, 2019. 

a 32 (39,5%) para sífilis, 12 (50%) para HIV e 13 (41,9%) para toxoplasmose, apresentando um declínio significativo até o final das seis consultas realizadas. O percentil desviante (< 3 ou > 97) prevalente na maior parte dos registros das consultas de acompanhamento, por sua vez, foi o percentil < 3, correspondendo ao status de magreza acentuada (Tabela 3).

Com relação aos percentis de peso, verificou-se que na primeira consulta 7 (8,6%) prontuários de crianças encaminhadas por sífilis, 6 (25%) encaminhamentos por HIV e 9 (29%) registros de crianças com mães que tiveram toxoplasmose gestacional, apresentaram magreza acentuada, ou seja, percentil < 3, índice que foi diminuindo no decorrer do processo de acompanhamento dos prontuários das consultas do Programa Rede Mãe Paranaense (Tabela 3).

No que se refere ao sobrepeso e obesidade, representados por percentil > 97, observou-se aumento dos índices após a primeira consulta, concomitantemente com a redução da magreza acentuada (percentil < 3), índices que foram corrigidos até a sexta consulta, quando há registros em prontuário de que as crianças completaram um ano de vida, ou receberam alta do ambulatório.

Tabela 3 Percentis de índice de massa corporal, peso e comprimento para a idade categorizados por agravo de transmissão vertical. Maringá, Brasil, 2019. 

No tangente aos percentis de comprimento, constatou-se que na primeira consulta, 15 (18,5%) prontuário de crianças acompanhadas por sífilis materna, 7 (29,2%) por HIV/AIDS e 8 (25,8%) por toxoplasmose, apresentaram percentis de comprimento fora da normalidade. Estes percentuais foram reduzidos até o final do acompanhamento dos registros, sendo que o desvio nutricional prevalente correspondeu à magreza acentuada (Tabela 3).

Desfechos e fatores relacionados: Em relação ao desfecho das consultas, há que se destacar que dos 81 prontuários de crianças acompanhadas por serem filhas de mulheres portadoras de sífilis gestacional, seis obtiveram confirmação de diagnóstico de sífilis congênita, evidenciando uma incidência do agravo em sua forma congênita de 74,1 a cada mil crianças, neste ambulatório.

Sobre os 31 prontuários de crianças acompanhadas devido à toxoplasmose gestacional, cinco apresentaram diagnóstico confirmado de agravo em sua forma congênita, correspondendo a uma taxa de incidência de 161,3 a cada mil crianças, neste ambulatório. E, por fim, dos 24 prontuários de crianças encaminhadas por HIV/AIDS, nenhuma havia obtido diagnóstico do agravo até o momento da alta ou abandono do acompanhamento ambu-latorial.

DISCUSSÃO

A fim de manter uma organização das ideias, da mesma forma que os resultados foram alocados em categorias, tal divisão também foi aplicada na discussão. A primeira categoria trata respectivamente dos agravos de transmissão vertical e a segunda especificamente das condições de nascimento.

Agravos de transmissão vertical e repercussões na saúde infantil: Conforme mencionado nos resultados, encontramos que 59,6% das crianças eram filhas de mães com sífilis. No que tange às alterações relacionadas ao crescimento nesse contexto, um estudo realizado na Colômbia demonstrou resultados semelhantes, onde 46,4% das crianças nascidas com sífilis congênita manifestou alterações biológicas e clínicas6.

A sífilis deveria ser uma doença facilmente eliminada, visto que sua triagem ainda no período pré-natal é simples e barata. Somado a isso, têm-se que com a descoberta da penicilina, os índices de cura se aproximam a 100%, evitando a transmissão vertical21. Infelizmente, ao observar dados epidemiológicos nota-se que os casos de bebês acometidos pela sífilis congênita ainda são elevados, o que demostra uma falha importante dentro da assistência à gestante no âmbito da saúde pública22.

Os sinais clínicos da sífilis congênita nem sempre são evidenciados imediatamente após o nascimento. Alguns deles podem surgir a qualquer momento durante a infância, fato que aumenta as chances das crianças filhas de mulheres com sífilis gestacional desenvolverem alterações durante seu desenvolvimento23.

Em relação aos resultados do índice de massa corporal e da antropometria de crianças, filhas de mães diagnosticadas com sífilis durante o período gestacional, chama a atenção o fato de que a exposição à sífilis não influenciou negativamente no crescimento de crianças até 18 meses21,24, o que ratifica o declínio dos percentis fora da normalidade até a sexta consulta conforme encontrado em nosso estudo.

Além da sífilis, a toxoplasmose é outra doença que pode ser transmitida por via vertical e que causa repercussões durante a gestação e posteriormente ao nascimento; 22,8% das crianças eram filhos de mães com toxoplasmose. A literatura nos mostra que quando diagnosticada no início da gravidez apresenta mais gravidade tamanha diferenciação celular que ocorre no primeiro trimestre e diminui consideravelmente conforme o avanço da mesma. O seguimento multidisciplinar também se torna primordial principalmente durante a infância, a fim de detectar precocemente lesões que podem gerar sequelas ou algum tipo de incapacidade25.

Outras alterações subclínicas ou multissistêmicas advindas da toxoplasmose são a prematuridade, a restrição do crescimento intrauterino, icterícia e acometimento múltiplos dos órgãos, sendo também comum manifestações oculares e neurológicas26. A chance de uma criança nascida de mãe com toxoplasmose desenvolver alteração no crescimento é de 2,7 vezes maior do que o restante da população pediátrica, e assim como na sífilis, nem sempre os sinais clínicos surgem após o nascimento. Somente 28,9% das crianças, filhas de mães diagnosticadas com toxoplasmose gestacional, apresentamalterações de crescimento, fato que reforça a necessidade de um acompanhamento adequado, visto que uma alteração relativamente simples pode tornar-se um problema mais grave em qualquer fase da infância26.

Das crianças estudadas, 17,6% eram filhos de mães com HIV. Neste estudo foi encontrado que crianças filhas de mães com HIV/AIDS, apresentaram 4,1 vezes a chance de desenvolveram alterações de crescimento em relação as não expostas a este agravo. O HIVprovoca condições desfavoráveis para o crescimento e desenvolvimento infantil e os achados deste estudo coadunam com a literatura encontrada, onde a exposição da criança ao HIV estimula atrasos em seu crescimento e desenvolvimento24-27. Uma forma de minimizar os agravos decorrentes da transmissão vertical do HIV com consequente impacto no desenvolvimento infantil é aprimorar a práticas hospitalares no período anterior ao parto, tais como: melhora do aconselhamento psicológico, da administração dos medicamentos antirretrovirais no momento do parto, a inibição farmacológica da lactação e não atrasar para liberar ou administrar demais medicamentos que fazem parte do processo. As faltas citadas indicam fragilidades na organização dos serviços que atuam diretamente no binômio mãe-bebê e comprometem a eficácia das ações de prevenção28.

Filhos de mães com agravos de transmissão vertical (aspectos relacionados ao nascimento): Sobre as características de nascimento das crianças encaminhadas ao ambulatório de alto risco por agravo de transmissão vertical que apresentaram alteração de crescimento, observou-se que a via de parto predominante correspondeu a cesariana. Embora existam fatores que podem favorecer a contaminação pelo HIV no parto vaginal, a via de parto deve ser decidida de modo a garantir os direitos reprodutivos da mulher e reduzir os agravos à saúde materna e fetal29).

A realização de cesarianas acarreta diversos riscos aos recém-nascidos como problemas respiratórios, icterícia, prematuridade iatrogênica, anóxia e mortalidade no período neonatal, além de aumentar consideravelmente o risco de internação em Unidade de Terapia Intensiva30. O cenário brasileiro possui uma das mais altas taxas de cesáreas do mundo, com uma tendência crescente em nível nacional. Esse fator tem se tornado alvo das discussões em saúde pública, já que esta prática pode resultar em complicações maternas e neonatais, como evidenciado em estudo que ressalta a associação desta prática com alterações de crescimento no decorrer da infância31,32.

No tocante aos demais dados de nascimento, verificou-se que as características predominantes nas crianças que apresentaram alterações de cres cimento correspondem aos achados na literatura: idade gestacional superior a 37 semanas, Apgar no primeiro e quinto minuto igual ou acima de sete e peso ao nascer superior a 2.500 gramas(24, 0-34). Com este padrão definido, possibilita-se aos profissionais de saúde a antecipação das avaliações de crescimento e desenvolvimento necessárias, proporcionando ações planejadas e sistematizadas para a estimulação infantil, a fim de melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida das crianças30-34.

Entende-se que os resultados encontrados não podem ser generalizados, uma vez que se trata de uma realidade local. Apesar de englobar 25 municípios de referência para o ambulatório de alto risco, entendem-se como limitações a comparação de informação com outros estudos nacionais e internacionais devido à escassez de pesquisa acerca do crescimento de crianças filhas de mães com agravo de transmissão vertical.

Ademais, por se tratar de dados secundários, advindos de prontuários, ressalta-se que os mesmos possuem informações limitadas e por vezes incompletas, além de contemplar a realidade de somente uma regional do Estado.

CONCLUSÕES

Os fatores associados às alterações do crescimento infantil de filhos de mulheres diagnosticadas com agravo de transmissão vertical corresponderam a via de parto cesárea, Apgar no primeiro e quinto minuto inferior a sete, idade gestacional inferior a 36 semanas e etnia não branca, sendo que o sexo e peso não apresentaram associação.

O estudo permitiu verificar que os percentis fora da normalidade, referentes ao índice de massa corporal, peso e comprimento, se apresentaram predominantemente associados ao diagnóstico nutricional de magreza acentuada, com exceção do percentil relativo ao peso na segunda e terceira consulta.

Nesse sentido, torna-se importante refletir acerca da real importância de programas públicos de saúde, como o Programa Rede Mãe Paranaense, que visem à prevenção e à captação precoce de mães e crianças que apresentam condições clínicas de saúde desfavoráveis, permitindo o acompanhamento e o suporte necessário à contenção destes agravos e de seus efeitos deletérios.

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Recebido: 22 de Setembro de 2020; Aceito: 02 de Outubro de 2021

Autora correspondente: bih.cruuz@gmail.com

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