INTRODUÇÃO
A insuficiência cardíaca (IC) é uma complicação prevalente na maioria dos indivíduos cardiopatas, se tornando um problema de saúde pública importante na atualidade. É a principal causa de internação por doenças cardiovasculares, sendo responsável por um índice elevado de morbimortalidade, ocasionando altos custos financeiros ao Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS). Assim, faz-se necessário um atendimento integral, com abordagem multiprofissional, visando a redução das suas complicações e as admissões e readmissões hospitalares1.
A maioria dos pacientes que foram acometidos pela IC no Brasil, no período de 2011 a 2012, foi de idosos, principalmente nas regiões sul e sudeste. A etiologia isquêmica teve maior predominância, sendo a má adesão medicamentosa o principal fator para descompensação da doença2. Este estudo demonstrou que a prevalência de pessoas maiores de 18 anos com IC tenderá a aumentar até 2030, resultando em mais de 8 milhões de portadores, sendo a principal causa atribuída a este fato, o aumento da expectativa de vida, uma vez que a IC é mais prevalente nas faixas etárias mais elevadas3.
Diante desse contexto, o Brasil enfrenta crescentes demandas de sua população que envelhece, promovendo políticas públicas que proporcionem um envelhecimento com qualidade de vida. Esse fato revela a importância de estudos que subsidiem estratégias que resultem em melhores condições de saúde da população idosa4.
A saúde dos indivíduos idosos com doenças cardiovasculares é prejudicada por fatores físicos e psíquicos, resultando num comprometimento da qualidade de vida. A presença de aspectos limitantes da saúde, como a capacidade funcional diminuída e problemas emocionais, estão presentes na rotina desses indivíduos, repercutindo nas realizações de atividades de vida diária e na vida social5.
Estudos alusivos ao conhecimento da qualidade de vida (QV) têm possibilitado o entendimento a respeito da natureza e extensão dos problemas funcionais e biopsicossociais durante a trajetória da doença, especialmente das doenças crônicas. Dessa forma, o tratamento adequado pode ser proposto pelo profissional de saúde com maior segurança ao portador da doença, visando uma melhor assistência e reabilitação precoce6.
A QV relacionada à saúde é uma medida multidimensional e subjetiva. Pode ser influenciada por fatores socioeconômicos, demográficos, relacionados às condições de saúde e estilo de vida do indivíduo, sendo útil para guiar ações de cuidado integral e promoção da saúde7.
O conceito de QV é amplo, com múltiplas definições na literatura, e depende da influência de aspectos e percepções individuais, ambientais e sociais. A análise da situação de saúde e QV de uma população permite estabelecer o perfil da mesma e traçar metas de intervenção de acordo com as necessidades existentes8.
A partir do conhecimento das características dos grupos de indivíduos acometidos por IC e os principais fatores que interferem na sua QV, é possível direcionar e fortalecer a prática da Enfermagem nesse âmbito, visando o melhor atendimento integral no controle das doenças, e, consequentemente, melhores condições de saúde para esses indivíduos e aperfeiçoamento do cuidado prestado4.
Os indivíduos idosos são naturalmente afetados por perdas e carências, e quando somado com a presença de doenças, incapacidade/dependência e solidão, observa-se uma piora da QV nessa população. A presença de apoio social e familiar nessa etapa da vida contribuem para uma melhor QV e bem estar9.
Além disso, no contexto brasileiro, os ambulatórios especializados são gerenciados por enfermeiras, e este estudo pode fornecer maior entendimento das características e necessidades pessoais dos idosos com IC e subsidiar estratégias de cuidados integrais a esses indivíduos, com redução de complicações na sua saúde, internações hospitalares e custos ao sistema de saúde.
Para tanto, o objetivo geral do estudo é avaliar a qualidade de vida de idosos com diagnóstico de insuficiência cardíaca acompanhados no ambulatório de um hospital universitário em Salvador, Bahia.
MATERIAL E MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa de campo, prospectivo, de caráter avaliativo com abordagem quantitativa, realizada com idosos com diagnóstico de IC acompanhados em ambulatório de referência em cardiologia de um hospital em Salvador, Bahia.
Dentre a população, a amostra foi constituída por conveniência, onde os idosos foram selecionados por meio dos seguintes critérios de inclusão: ter 60 anos ou mais de idade, confirmação diagnóstica de IC (crônica); ter condições físicas, mentais e intelectuais para responder o questionário; e aceitar livremente participar da pesquisa.
A coleta de dados foi realizada através da aplicação de dois instrumentos de coleta: um questionário para obter dados que dizem respeito à caracterização sociodemográfica dos pacientes e a escala de QV já validada, amplamente utilizada na literatura científica sobre o tema, WHOQOL-OLD10. A coleta de dados ocorreu durante um período de 3 meses (de 27 de julho a 26 de outubro de 2018).
O questionário para levantamento de carac terísticas sociodemográficas, desenvolvido para a pesquisa, foi constituído de informações sobre sexo, idade, raça/cor, profissão, ocupação, renda, condições de moradia, escolaridade, estado civil, religião e cidade de origem.
A escala WHOQOL-OLD foi desenvolvida por um grupo de especialistas em QV da Organização Mundial da Saúde10, com o intuito de criar um questionário direcionado a idosos levando em consideração as especificidades do fenômeno do envelhecimento. Dezoito países, dentre os quais o Brasil, foram responsáveis pela elaboração desse instrumento que possui 24 questões, divididas em seis facetas, cada uma com quatro itens: Faceta 1: Funcionamento dos sentidos (FS), avaliando o funcionamento sensorial e o impacto da perda das habilidades sensoriais na QV; Faceta 2: Autonomia (AUT), sugestiva à independência na velhice; Faceta 3: Atividades passadas, presentes e futuras (PPF), descrevendo a satisfação sobre conquistas na vida e anseios; Faceta 4: Participação social (PSO), que apresenta a participação em atividades do cotidiano; Faceta 5: Morte e morrer (MEM), a qual se inclui as preocupações, inquietações e temores sobre a morte e morrer; e, Faceta 6: Intimidade (INT), que estima a capacidade de se ter relações pessoais e íntimas11.
Esta escala é utilizada em conjunto com o instrumento WHOQOL-BREF, também criada pela OMS12, pois se refere a uma avaliação complementar da QV. Esse contém 26 questões, sendo duas gerais (QV geral e satisfação com a saúde) e 24 reunidas nos domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente13.
Em ambos instrumentos são apresentadas 5 alternativas em todas as questões, representadas pelos números de 1 a 5. Ao final, as repostas são somadas e agrupadas por facetas (WHOQOL-OLD) e domínios (WHOQOL-BREF), de forma que quanto mais próximas de 5, melhor a QV, e quanto mais próxima de 1, pior a QV11.
Os instrumentos foram aplicados pela pesquisadora e dois graduandos de enfermagem da Universidade Federal da Bahia, previamente treinados, aos pacientes antes ou após a consulta médica ambulatorial de rotina, de acordo com a preferência do entrevistado e a dinâmica do serviço, visando o conforto e garantindo a não interrupção durante o preenchimento dos dados.
Foi realizada a explicação prévia do instrumento do projeto de pesquisa, e os pacientes que aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), daí eram encaminhados a uma sala reservada para preenchimento dos instrumentos sem interrupções ou influências dos pesquisadores, no entanto, estes permaneceram sempre próximos e acessíveis para esclarecimentos.
Os dados foram digitados e analisados no Software estatístico IBM SPSS Statistics 14. A estatística descritiva foi utilizada para caracterização dos participantes e seus resultados apresentados em números absolutos e percentual simples. Os dados referentes à QV dos idosos foram apresentados por meio de média, mediana, desvio padrão (dp) e variação.
As análises foram geradas a partir das respostas das 12 facetas/domínios que compõem as escalas. Cada resultado encontrado foi agrupado e analisado conforme a seguinte classificação de QV: 1) necessita melhorar (média de 1 até 2,9); 2) regular (média de 3 até 3,9); 3) boa (média de 4 até 4,9) e 4) muito boa (média de 5)14.
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário sob parecer n° 89102418.5.0000.0049 e obedeceu aos princípios éticos que regem às pesquisas em saúde com seres humanos no Brasil15.
RESULTADOS
No total participaram do estudo 68 idosos por atenderem aos critérios de inclusão definidos. O perfil sociodemográfico desses participantes é demonstrado na Tabela 1.
É possível observar que houve uma equivalência entre o sexo dos participantes, dois homens a mais que mulheres, a maioria com idade entre 60 e 69 anos, raça/cor autodeclarada parda e residente na capital. A maioria dos idosos eram casados, possuíam ensino Fundamental, eram aposentados, com renda entre 1 a 3 salários mínimos (U$246.19 a 738.58), residiam com mais de um membro familiar, e eram provedores exclusivos do lar.
A Tabela 2 apresenta a distribuição descritiva das facetas e domínios conforme as 4 classificações de QV, mostrando os números e frequência das respostas dos participantes. É possível notar maior predominância da classificação QV 2 e menor da QV 4 dentre os domínios, evidenciando, no geral, uma QV declarada regular pelos participantes. Os domínios Físico e Meio Ambiente obtiveram menores pontuações de QV, nos quais 83,8% e 86,8% dos participantes concentraram suas respostas nas classificações 1 e 2 (precisa melhorar e regular), respectivamente. Já os domínios Funcionamento do Sensório e Morte e Morrer alcançaram melhores pontuações de QV, com 51,5% e 47,1% dos participantes, concentrando suas respostas nas classificações 3 e 4 (boa e muito boa), respectivamente.
Na Tabela 3 observa-se que as médias entre os domínios variaram de 1,76 (Meio Ambiente) até 2,49 (Qualidade de vida). Os menores valores, indicando uma pior QV, são referentes aos domínios Físico e Meio Ambiente, que, inclusive, foram os únicos domínios que não apresentaram a classificação máxima de QV 4 (muito boa -média de 5). Enquanto os maiores valores foram Qualidade de Vida e Funcionamento do Sensório.
Os resultados, quanto a faixa etária e sexo, corroboram com outros estudos brasileiros que evidenciaram numa população de pacientes internados com IC, que as médias das idades prevalentes foram de 65 e 66 anos, respectivamente, sendo a maioria do sexo masculino16,17. Também, estudo que analisou as internações por IC no Brasil, no período de 2001 a 2012, constatou ser brasileiros homens e idosos que mais internam por IC18.
Ainda, os dados dessa pesquisa confirmam os resultados presentes em outro estudo19, que aponta que, no geral, a pessoa idosa, independente da condição social e de saúde, ainda mantém a condição de mantenedora da família, possuindo duas ou três pessoas dependentes da sua renda. A autora explica que esse fato pode estar associado à dificuldade atual do jovem se inserir no mercado de trabalho, no aumento do desemprego e falta de políticas de inclusão, resultando na permanência desse indivíduo por mais tempo no lar de origem, tendo o idoso como provedor principal.
A aposentadoria dos idosos corresponde a uma parte importante na renda das famílias em que estão inseridos, contribuindo para o surgimento de uma nova função da população envelhecida na sociedade atual, a de provedor ou pilar econômico da família20.
Ainda, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD21, no nordeste brasileiro, as pessoas que mais foram apontadas como "pessoa de referência" no domicílio, tinham idade de 60 anos ou mais, com tempo de estudo entre 4 e 14 anos, e renda variante de mais de meio até dois salários mínimos.
Quanto à religião, 67,6% dos idosos se declararam católicos, corroborando com outro estudo em que essa porcentagem equivale a 69,5%. Os autores afirmam que o relacionamento com Deus é maior com o aumento da idade, resultando em um desenvolvimento espiritual positivo, e acarretando em um envelhecimento saudável; ainda destacam que a espiritualidade e religiosidade proporcionam maior sentido de vida, contribuem para o suporte social e emocional, além da melhoria da saúde e QV22.
Nos instrumentos direcionados a QV, as perguntas "Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades?" e "Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer?", foram as que obtiveram menores médias como respostas no domínio Meio Ambiente (1,76; dp: 0,672), indicando a influência negativa da restrição financeira e falta de oportunidade de lazer para a QV desses idosos. Estudo brasileiro, em região semelhante, com 113 idosos, que aborda QV no contexto do trabalho, evidenciou que escores médios mais baixos estão ligados a esse domínio, e apesar de não ter encontrado relação estatística (p= 0,630), infere que esse fato pode estar relacionado a baixa escolaridade evidenciada nos idosos (61,9% nível fundamental incompleto), assim como neste estudo (83,8%), haja visto que indivíduos com reduzido nível de instrução têm dificuldades na aquisição de novas informações, no acesso e na realização de cuidados adequados a manutenção da saúde ou prevenção de agravo e doenças23.
A atividade de lazer durante a terceira idade possibilita uma ressignificação, na perspectiva do próprio individuo, do que é essa fase da vida. Os aspectos negativos do envelhecimento são afastados nesse processo, de modo que sentimentos como solidão e perda sejam descartados, e novas conquistas, relações e aprendizados sejam construídos e agregados. Uma atividade de lazer reafirma a capacidade da pessoa idosa de manter e negociar identidades, bem como assinalam mudanças importantes de atitudes, hábitos e comportamentos24.
Poder econômico, lazer e QV estão relacionados em uma pesquisa com idosos acerca da representação social dessa população, evidenciado que o dinheiro proporciona a esses indivíduos uma alimentação de qualidade e prática de atividades de lazer, estando esta última relacionada à satisfação social4. A vivência do lazer é influenciada pela presença e as formas de uso do espaço público, dependendo da atuação de grupos políticos, religiosos e culturais, bem como a proximidade ou distância de determinadas áreas da cidade. O acesso democrático a serviços e equipamentos culturais ocorre com maior abrangência nas zonas centrais das cidades brasileiras, que são econômica e espacialmente segregadas. Os habitantes de bairros populares convivem com limitações de mobilidade, além de barreiras geográficas e financeiras25. Este fato se torna mais agravante quando é realidade de pessoas idosas, dificultando ainda mais a prática de lazer.
A segunda menor média foi no domínio Físico (1,96; dp: 0,609), as perguntas com menores escores foram "Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que você precisa?" e "Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia?". Os dados corroboram com o achado de outro estudo, porém com uma diferença significativa das médias em relação à presença do trabalho na vida do idoso (p= 0,046). Nele foi evidenciado que os idosos que não possuem trabalho apresentam piora na capacidade funcional comparados aos que trabalham23.
A dor é um dos principais fatores que limita a possibilidade da vivência do cotidiano pela pessoa idosa, impactando negativamente em sua QV e prejudicando a realização das atividades de vida diária, além da restrição da convivência social26.
Pesquisa evidencia que a presença da dor influencia negativamente a QV dos idosos (p < 0,05), sendo necessário que os profissionais de saúde estejam atentos para identificar o quadro álgico, com o intuito de nortear e intervir de modo a minimizar este sofrimento27. Os impactos na QV gerados pela dor afetam a manutenção da autonomia (p= 0,0004) da pessoa idosa, limitando o desempenho de suas atividades cotidianas, tornando-o dependente dentro de seu contexto social, económico e cultural. Diante disso, a dor é um dos principais fatores que limitam a possibilidade do idoso sustentar seu cotidiano27.
Os domínios Funcionamento do Sensório (FS) e Morte e Morrer (MM) obtiveram as maiores médias (2,43 e 2,28 respectivamente), indicando melhor QV dos idosos. Esse dado corrobora com os valores médios encontrados em outros estudos (FS: p= 0,000001 a 0,691; MM: p= 0,02 a 0,952), reforçando a influência positiva dos fatores inerentes a esses domínios na vida dos idosos 23,28-30.
A pergunta que obteve maior escore no domínio Funcionamento do Sensório foi "Até que ponto o funcionamento dos seus sentidos (por exemplo, audição, visão, paladar, olfato e tato) afeta a sua capacidade de interagir com outras pessoas?". Estudos corroboram com esse resultado, afirmando que a capacidade funcional é um indicador de saúde na terceira idade, interferindo na saúde física e mental, independência na vida diária e integração social. Além disso, destacam o papel importante que as redes de apoio social exercem na velhice, sobretudo quando há necessidade de adaptação às perdas físicas e sociais31.
A QV da pessoa idosa envolve a manutenção de sua autonomia e capacidade funcional. Dessa maneira, o bom funcionamento sensorial na terceira idade permite a participação em atividades e a capacidade de interagir com outras pessoas, tornando o indivíduo independente de cuidados, resultando em melhoria de QV14.
A pergunta que obteve maior escore nas respostas do domínio Morte e Morrer foi "O quanto você tem medo de morrer?". Vários estudos contemplam o mesmo resultado, e explicam que o confronto com a morte e a perda de parentes e amigos são comuns nessa fase da vida, retratando assim, a tendência de menor preocupação da pessoa idosa em relação à morte28-30.
A espiritualidade foi apontada como fator essencial para uma melhor aceitação da morte. Os autores afirmam que os idosos que possuem ligação com a religiosidade e a fé em seu cotidiano apresentam um melhor entendimento acerca do envelhecimento, compreendendo a morte como etapa natural do processo evolutivo, assim tendem a ter menores preocupações em relação à morte23.
Esse estudo tem como limitação o fato de ter sido realizado em uma população especifica e restrita a uma realidade local, portanto seus resultados não podem ser generalizados. Sugere-se a realização de estudos amplos para gerar evidencias nacionais e mundiais sobre a QV de idosos cardíacos, considerando o crescimento desse perfil populacional ao redor do mundo.
Espera-se que esse trabalho possa contribuir para o aperfeiçoamento e qualificação das boas práticas de profissionais de saúde e atendimento à essa população, incentivando e subsidiando ações, estratégias e programas de assistência voltados para essas questões, especialmente as que mais comprometem a QV dos idosos.
CONCLUSÃO
O estudo evidenciou que a QV dos idosos com IC "precisa melhorar", ou seja, está aquém do ideal de ser boa ou ótima. O principal aspecto relacionado a melhor QV foi o bom funcionamento sensorial e a pouca preocupação com a morte. Já o pior aspecto que influencia na QV é a baixa renda e falta do lazer além da existência de dores físicas que limitam as atividades de vida diária. Há que considerar uma profunda reflexão sobre o tema uma vez que é reconhecido o processo crescente de envelhecimento da população mundial e a existente oferta de recursos que possibilitam a garantia de melhores condições de vida às pessoas.
Também, considerando os resultados desse estudo, é possível afirmar que os cuidados de enfermagem para com os idosos, especialmente os portadores de doenças crónicas, como a insuficiência cardíaca aqui abordada, devem ser refletidos e aperfeiçoados para além dos aspectos clínicos, levando em conta todos os domínios e aspectos que interferem na qualidade de vida, garantindo assim uma atenção integral e humanizada a saúde desses idosos.