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Ciencia y enfermería

versión On-line ISSN 0717-9553

Cienc. enferm. vol.28  Concepción  2022  Epub 05-Sep-2022

http://dx.doi.org/10.29393/ce28-16asfm60016 

INVESTIGACION

AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

PATIENT SAFETY ASSESSMENT FROM THE PERSPECTIVE OF HEALTH CARE PROFESSIONALS

EVALUACIÓN DE LA SEGURIDAD DEL PACIENTE DESDE LA PERSPECTIVA DEL PROFESIONAL DE SALUD

Fernanda Peres1  * 
http://orcid.org/0000-0003-4141-0375

Larissa Peres2 
http://orcid.org/0000-0003-3169-8133

Vanderlei José Haas3 
http://orcid.org/0000-0001-8743-0123

Patricia Magnabosco4 
http://orcid.org/0000-0002-5511-270X

Valéria Nasser Figueiredo5 
http://orcid.org/0000-0001-5793-112X

Maria Beatriz Guimarães Raponi6 
http://orcid.org/0000-0003-4487-9232

1Enfermeira, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Email: fefeolaperes@gmail.com.

2Enfermeira, Mestre em Atenção à Saúde, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Email: larissaperes94@gmail.com

3Docente, PhD em Física Aplicada à Medicina e Biologia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Email: haas@vjhaas.com

4Enfermeira, PhD em Ciências da Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Email: patriciamagnabosco@hotmail.com

5Enfermeira, PhD em Ciências da Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Email: valeria.n.figueiredo@gmail.com

6Enfermeira, PhD em Ciências da Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Email: mariabgfo@gmail.com

RESUMO

Objetivo: Avaliar a cultura de segurança do paciente na perspectiva dos profissionais de saúde das unidades assistenciais de áreas críticas em um hospital universitário. Material e Método: Estudo observacional, seccional, de abordagem quantitativa, realizado com 207 profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem de um hospital no estado de Minas Gerais, Brasil, no período de janeiro a novembro de 2020. Os participantes foram obtidos por meio de amostra não probabilística e responderam ao questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture, instrumento já validado para a realidade brasileira. Empregaram-se análises estatística descritiva e de regressão linear múltipla; o nível de significância considerado foi α =0,05. Resultados: A dimensão melhor avaliada foi "Aprendizado Organizacional - melhoria contínua" (64,4%). Nenhuma dimensão foi considerada área forte por não receber pontuação ≥ 75%. Oito dimensões foram consideradas áreas frágeis (≤ 50%), sendo a dimensão "Respostas não punitivas aos erros" a pior avaliada (20,3%). A nota de segurança do paciente conferida pelo profissional em sua área de trabalho no hospital (β = 0,502; p< 0,001) e o tempo de trabalho no hospital (β = 0,135; p= 0,032) foram estatisticamente significativos quando associadas ao escore geral. Conclusão: O estudo permitiu identificar fragilidades dentro da instituição, sendo a resposta não punitiva aos erros a mais preocupante. Os líderes devem propor intervenções que propiciem um ambiente livre de culpa, para que os profissionais relatem os eventos adversos. Considerar a segurança do paciente como uma prioridade da gestão pode proporcionar melhor qualidade aos serviços oferecidos pela organização.

Palavras-chave: Cultura Organizacional; Pessoal de Saúde; Qualidade da Assistência à Saúde; Segurança do Paciente

ABSTRACT

Objective: To assess patient safety culture from the perspective of health care professionals working in critical care units at a university hospital. Material and Method: Observational, sectional study, with a quantitative approach, conducted with 207 health professionals, doctors, nurses and nursing technicians from a hospital in the state of Minas Gerais, Brazil, from January to November 2020. The participants were obtained through a non-probabilistic sample and answered the Hospital Survey on Patient Safety Culture questionnaire, an instrument already validated for the Brazilian context. Descriptive statistical and multiple linear regression analyses were used; the significance level was α =0.05. Results: The best assessed dimension was "Organizational learning - continuous improvement" (64.4%). No dimension was considered particularly strong as it did not receive a score ≥ 75%. Eight dimensions were considered weak areas (≤ 50%), with the dimension "Non-punitive response to error" being the worst assessed (20.3%). The patient safety score given by the professional in their hospital working area (β=0.502, p<0.001) and the length of time working in the hospital (β=0.135, p=0.032) were statistically significant when associated with the overall score. Conclusions: This study makes it possible to identify weaknesses within the institution, with the non-punitive response to errors being the most concerning. Leaders should propose interventions that provide a blame-free environment for professionals to report adverse events. Considering patient safety as a management priority can provide better quality to the services offered by the organization.

Key words: Organizational Culture; Health Personnel; Quality of Health Care; Patient Safety

RESUMEN

Objetivo: Evaluar la cultura de seguridad del paciente desde la perspectiva de los profesionales de la salud que laboran en las unidades de cuidados críticos de un hospital universitario. Material y Método: Estudio observacional, seccional, con abordaje cuantitativo, realizado con 207 profesionales de la salud, médicos, enfermeros y técnicos de enfermería de un hospital en el estado de Minas Gerais, Brasil, de enero a noviembre de 2020. Los participantes fueron obtenidos a través de una muestra no probabilística y respondieron al cuestionario Hospital Survey on Patient Safety Culture, un instrumento ya validado para la realidad brasileña. Se utilizaron análisis estadísticos descriptivos y de regresión lineal múltiple; el nivel de significancia considerado fue de α =0,05. Resultados: La dimensión mejor evaluada fue "Aprendizaje organizacional - mejora continua" (64,4%). Ninguna dimensión se consideró un área fuerte por no recibir una puntuación ≥ 75%. Se consideraron áreas frágiles ocho dimensiones (≤ 50%), siendo la dimensión "Respuesta no punitiva al error" la peor evaluada (20,3%). El puntaje de seguridad del paciente otorgado por el profesional en su área laboral del hospital (β= 0,502, p <0,001) y el tiempo de trabajo laboral en el hospital (β= 0,135, p = 0,032) fueron estadísticamente significativos cuando se asociaron con la puntuación general. Conclusión: El estudio permitió identificar debilidades dentro de la institución, siendo la respuesta no punitiva a los errores la más preocupante. Los líderes deben proponer intervenciones que proporcionen un entorno libre de culpa para que los profesionales informen los eventos adversos. Considerar la seguridad del paciente como una prioridad de gestión puede aportar una mejor calidad a los servicios que ofrece la organización.

Palabras clave: Cultura organizacional; Personal de salud; Calidad de la atención médica; Seguridad del paciente

INTRODUÇÃO

A avaliação da segurança do paciente fornece informações importantes que auxiliam os gestores de sistemas de saúde na elaboração de estratégias que visam melhorar a qualidade dos serviços de saúde1. Nesse contexto, a segurança do paciente é compreendida como um conjunto de valores, comportamentos e ações que uma organização cultiva entre seus membros, determinando o estilo e o compromisso da instituição com a qualidade da assistência oferecida2. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), segurança do paciente consiste em assumir erros evitáveis dentro de uma organização, a níveis mínimos e aceitáveis para o compromisso com a assistência à saúde3.

A identificação de eventos adversos (EA) dentro do contexto hospitalar demonstra o compromisso que a instituição tem com a qualidade da assistência em saúde oferecida. O primeiro passo é entender que erros humanos são esperados e a organização deve trabalhar em conjunto para notificar os EA e implementar ações seguras no cuidado visando a prevenção ou redução desses eventos4. Nesse cenário, a instituição precisa fortalecer a cultura organizacional voltada ao compromisso com a segurança do paciente2.

Evidências internacionais mostraram que entre 2,9% e 21,9% dos pacientes hospitalizados foram afetados por algum EA durante a internação, o qual metade de todos os eventos notificados foram considerados evitáveis5. Um estudo realizado no Brasil entre 2014 e 2016 constatou que 63.933 EA relacionados ao cuidado prestado ao paciente foram notificados no Sistema de Notificações para a Vigilância Sanitária (Notivisa), informações essas que são vinculadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), sendo que do total de eventos notificados, 417 casos resultaram em óbitos6.

A Agency for Health Care Research and Quality (AHRQ) tem como missão colaborar com a qualidade e a segurança do cuidado à saúde, desenvolvendo estratégias que ajudam a avaliar a segurança do paciente e reduzir os EA7, dentre eles destaca-se o Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC), instrumento que mensura a cultura de segurança na percepção de diferentes profissionais de saúde1.

O HSOPSC já foi utilizado em diversos países8,9,10 e vem sendo traduzido em diferentes línguas e contextos11,12,13 para melhor avaliação da cultura de segurança do paciente. A atual preocupação em relação à cultura de segurança do paciente é decorrente do elevado número de eventos adversos e deficiências no sistema de saúde, reconhecendo a necessidade de identificar os problemas dentro das instituições14.

Tendo em vista a relevância mundial da temática segurança do paciente e o fato de que as ações dos profissionais influenciam diretamente na qualidade da assistência prestada, na redução de eventos adversos, bem como de custos operacionais para as instituições de saúde, torna-se indispensável a realização de estudos que avaliam a percepção dos profissionais de saúde quanto à segurança do paciente dentro do contexto hospitalar. Destaca-se que a avaliação da segurança do paciente é o passo inicial para identificar as fragilidades e fortalezas dentro de instituições hospitalares.

Diante disso, a hipótese do presente estudo foi de que profissionais que assistem pacientes em unidades críticas possuem percepção positiva quanto à segurança do paciente. Compreende-se que quanto melhor a percepção dos profissionais de saúde quanto à cultura de segurança, maior a possibilidade de promover um cuidado de excelência e de reduzir riscos.

Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a cultura de segurança do paciente na perspectiva dos profissionais de saúde.

MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de estudo observacional, seccional, de abordagem quantitativa, realizado em um hospital público de ensino, referência de atendimento em média e alta complexidade, com 520 leitos, localizado em Minas Gerais, Brasil.

A amostra foi do tipo não probabilística, cujo cálculo do tamanho amostral considerou um coeficiente de determinação apriorístico R2= 0,10 em um modelo de regressão linear múltipla com cinco preditores, tendo como nível de significância ou erro do tipo I de a= 0,01 e erro do tipo II de ß= 0,1; resultando, portanto, em um poder estatístico apriorístico de 90%. Utilizando-se o aplicativo Power Analysis and Sample Size (PASS), versão 13, ao introduzir os valores anteriormente descritos, obteve-se um tamanho de amostra mínimo de 206 profissionais de saúde.

Conforme orientação dos autores do instrumento original e da adaptação transcultural1,15, foram incluídos os profissionais com jornada semanal de no mínimo 20 h e vínculo empregatício há mais de um mês com a instituição. Foram excluídos os profissionais que estavam em férias, licenças ou afastamento do serviço durante o período de coleta de dados.

Para coleta de dados, foi realizada uma abordagem inicial com os profissionais de saúde, em que os pesquisadores informaram a respeito do estudo. Aqueles que atenderam aos critérios de inclusão foram convidados a participar do estudo. Ressalta-se que a coleta de dados aconteceu em períodos previamente agendados com os participantes, de maneira que não interferiu nas atividades do serviço. Após a assinatura do termo de compromisso livre e esclarecido, os participantes responderam o instrumento impresso, individualmente, na presença dos pesquisadores e em ambiente reservado e livre da influência de terceiros. Todos os profissionais abordados aceitaram prontamente participar do estudo, não havendo recusas ou necessidade de substituições.

A coleta de dados ocorreu entre os meses de janeiro e novembro de 2020 com profissionais médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, atuantes nas unidades de áreas críticas. Justificase a seleção desses profissionais por assistirem diretamente as necessidades dos pacientes; e, dessas áreas por considerar a característica inerente a elas, assistir pacientes de maior grau de complexidade assistencial e maior susceptibilidade ao desenvolvimento de infecções relacionadas à saúde e de possíveis eventos adversos. Consideraram-se áreas críticas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, Pediátrica e Neonatal, Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Unidades de Queimados e Hemodinâmica.

Em 2013, o instrumento HSOPSC foi submetido à adaptação transcultural e validado para realidade brasileira15. Ressalta-se que a permissão para uso do instrumento HSOPSC foi solicitado à autora principal da adaptação transcultural, o qual autorizou o uso do instrumento via e-mail.

O instrumento é composto por 12 dimensões, a saber: 1) "trabalho em equipe dentro das unidades", 2) "expectativas e ações de promoção de segurança dos supervisores / gerentes", 3) "aprendizado organizacional - melhoria contínua", 4) "apoio da gestão hospitalar para segurança do paciente", 5) "percepção geral da segurança do paciente", 6) "retorno das informações e comunicação sobre o erro", 7) "abertura da comunicação", 8) "frequência de eventos notificados", 9) "trabalho em equipe entre as unidades", 10) "adequação de profissionais", 11) "passagem de plantão ou turno / transferências internas" e 12) "respostas não punitivas aos erros"15.

Cada dimensão apresenta de três a quatro itens, que são frases afirmativas escritas de forma positiva ou negativa. Dos 42 itens totais, 24 são formulados positivamente e 18 negativamente, os quais são considerados como itens reversos no processo de análise dos dados. A resposta dos 42 itens se dá por meio de escala Likert, com uma pontuação de 1 a 5, sendo 1= discordo totalmente ou nunca, 2= discordo ou raramente, 3= não concordo ne discordo ou as vezes, 4= concordo ou quase sempre e 5= concordo totalmente ou sempre 15.

Além disso, o instrumento é composto por outros itens, a saber: um item que o profissional avalia a segurança do paciente com as opções de respostas de A a E, sendo respectivamente: excelente, muito boa, regular, ruim e muito ruim; um item sobre a quantidade de eventos notificados nos últimos 12 meses, com opções de resposta de A a F (a= Nenhuma notificação; b= 1 a 2 notificações; c= 3 a 5 notificações; d= 6 a 10 notificações; e= 11 a 20 notificações; f= 21 notificações ou mais); nove itens que caracterizam o profissional; e, por fim, um item facultativo em que o profissional pode deixar comentários sobre a segurança do paciente, erro ou relato de eventos do hospital em questão1.

Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 23.0. As variáveis categóricas foram analisadas empregando-se distribuições de frequência absolutas e percentuais, enquanto as quantitativas por medidas de tendência central (média e mediana) e medidas de variabilidade (amplitudes e desvio padrão). Para verificar a relação entre variáveis sociodemográficas e o escore de cada dimensão foi utilizado análise bivariada seguida de regressão linear múltipla. As análises inferenciais consideraram um nível de significância de 5% (a=0,05).

Na análise dos resultados aos itens e dimensões, obtidos segundo escala Likert, as respostas foram agrupadas em três categorias, a saber: respostas negativas (1 e 2), neutras (3) e positivas (4 e 5). Calculou-se a frequência relativa para cada uma das respostas obtidas em cada dimensão e em cada item, a partir da seguinte fórmula (Figura 1).

Os resultados dos cálculos serviram para diagnosticar as dimensões e itens em áreas fortes ou frágeis. Entende-se como áreas fortes as potencialidades da instituição cujo percentual é ≥ 75% das respostas positivas (4 e 5: concordo/ concordo totalmente ou sempre/ quase sempre) aos itens formulados positivamente e ≥ 75% das respostas negativas (1 e 2: discordo/ discordo totalmente ou quase nunca/ nunca) aos itens formuladas negativamente [15,1]. Por sua vez, entende-se como áreas frágeis as fraquezas ou falhas dentro da instituição que precisam ser potencializadas para a melhora na segurança do paciente, sendo o percentual ≤ 50% de respostas negativas (1 e 2: discordo/ discordo totalmente ou quase nunca/ nunca) aos itens formulados positivamente e ≤ 50% de respostas positivas (4 e 5: concordo/ concordo totalmente ou sempre/ quase sempre) aos itens formulados negativamente1,15. Ressalta-se, como exposto anteriormente, que para os itens reversos ou formulados negativamente, a interpretação passou a ser em relação às respostas "discordo/ discordo totalmente" ou "quase nunca/ nunca"15.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia (CEP/ UFU) conforme o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) 22488919.5.0000.5152 e número do parecer 3.623.117. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Figura 1 Cálculo da frequência relativa das respostas em dimensão e itens. 

RESULTADOS

Dos 207 participantes da pesquisa, 108 (52,2%) eram técnicos em enfermagem, 70 (33,8%) eram enfermeiros e 29 (14%) eram médicos, com predomínio de mulheres (n= 165; 79,7%), casadas (n= 103; 49,8%), a média de idade de 40,79 anos (± 9,232), mínimo de 22 e máximo de 66 anos. O tempo médio de trabalho na especialidade/profissão atual foi de 14,22 anos (± 8,624 anos), mínimo de 3 meses e máximo de 40 anos. Houve predomínio de profissionais que trabalhavam na Unidade de Terapia Intensiva Adulto (n= 81; 39,1%), com carga horária semanal entre 40 e 59 h (n= 123; 59,4%) (Tabela 1).

A maior parte dos entrevistados (n= 131; 63,3%) não relataram eventos no último ano. Entretanto, destaca-se o fato de que apenas três (1,4%) entrevistados relataram 21 ou mais eventos. Quanto à nota da segurança do paciente, 107 (51,7%) profissionais avaliaram como "Muito boa" e 74 (35,7%) como "Regular" (Tabela 2).

A Tabela 3 apresenta o percentual médio das respostas positivas relativo as 12 dimensões do instrumento e seus respectivos itens. Nenhuma dimensão foi considerada como área forte por não receber pontuação ≥ 75%. A dimensão melhor pontuada foi "Aprendizado organizacional - melhoria contínua" (64,4%) e se refere à aprendizagem e melhorias implementadas a partir dos erros. Oito dimensões foram consideradas áreas frágeis por receberem pontuação ≤ 50%, a saber: "Respostas não punitivas aos erros" (20,3%); "Trabalho em equipe entre as unidades" (26,7%); "Apoio da gestão para a segurança do paciente" (29,3%); "Adequação de profissionais" (34,4%); "Passagem de plantão ou de turno/ transferências" (35,0%); "Percepção geral da segurança do paciente" (41,1%); "Frequência de relato de eventos" (45,4%) e "Retorno da informação e comunicação sobre erro" (45,9%).

Quanto aos 42 itens que compõem as dimensões, a pontuação mais alta de respostas positivas foi de 81,2%, o qual corresponde ao item "A6. Estamos ativamente fazendo coisas para melhorar a segurança do paciente". Por sua vez, a menor pontuação de respostas positivas corresponde ao item "A16R. Os profissionais se preocupam que seus erros sejam registrados em suas fichas funcionais" (14,5%) (Tabela 3).

A análise de regressão linear múltipla demons- associadas ao escore geral do instrumento, ou trou que as variáveis "Nota de segurança do seja, quanto mais positiva a avaliação da nota de paciente na sua área/ unidade de trabalho no segurança do paciente e maior o tempo de trabalho hospital" e "Tempo de trabalho no hospital" foram na instituição, melhor a avaliação das dimensões de estatisticamente significativas (β=0,502, p<0,001 segurança do paciente (Tabela 4). e β=0,135, p=0,032, respectivamente) quando associadas ao escore geral do instrumento, ou seja, quanto mais positiva a avaliação da nota de segurança do paciente e maior o tempo de trabalho na instituição, melhor a avaliação das dimensões de segurança do paciente (Tabela 4).

Tabela 1 Características sociodemográficas e profissionais dos participantes, Uberlândia, MG, Brasil, 2020 (n= 207). 

Tabela 2 Frequência de eventos relatados e nota da segurança do paciente. Uberlândia, MG, Brasil, 2020 (n= 207). 

Tabela 3 Respostas positivas às dimensões da cultura de segurança do HSOPSC e seus respectivos itens componentes, Uberlândia, MG, Brasil, 2020 (n=207). 

Continuação da Tabela 3 

Tabela 4 Regressão linear múltipla dos fatores associados ao escore geral das dimensões do instrumento HSOPSC. Uberlândia, MG, Brasil, 2020 (n=207).  

DISCUSSÃO

A média de idade dos participantes do estudo foi semelhante a outros achados no Brasil16,17. Além disso, dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) apontam para o predomínio de profissionais de saúde com idade entre 36 e 50 anos18.

Concernente ao tempo de trabalho na especialidade/profissão atual, os resultados deste estudo se assemelham ao encontrado em estudos internacionais, os quais evidenciam a paridade dos profissionais que atuam de 1 a 5 anos ou 6 a 10 anos em na sua especialidade atual9,19. Profissionais atuantes em uma única especialidade desenvolvem maior vínculo com a equipe, favorecendo o desenvolvimento de competências e habilidades voltadas à segurança do paciente20.

Em relação à carga horária semanal, o presente estudo identificou que os profissionais de saúde trabalham de 40 a 59 horas semanais, corroborando com a maioria das pesquisas21-23. Jornadas de trabalho extensas e a subnotificação de eventos encontrada nesta pesquisa e em outros achados24-26) podem ser explicadas por diversos fatores que impedem o profissional de relatá-los, dentre eles, destacam-se o medo de uma provável punição, a falta de tempo devido à sobrecarga de trabalho, esquecimento, desconhecimento da importância de notificar eventos e como realizá-los, além da hierarquização no processo de notificação, fatores os quais todos influenciam na segurança do paciente27. Recomendações podem tornar a notificação de eventos mais assertivas dentro das instituições, a saber: superar a cultura da punição, o incentivo a notificação, a capacitação e a participação de todos os profissionais para implementar ações que reduzem os eventos27.

Diversos estudos também não encontraram áreas fortes, pois as dimensões não atingiram pontuação ≥ 75%16,17,28,29, representando uma fragilidade nas instituições4. Quatro dimensões foram consideradas áreas neutras por receberem pontuação < 75% e > 50%1, sendo a dimensão "Aprendizado organizacional - melhoria contínua" a melhor pontuada. As dimensões neutras não correspondem a uma potencialidade, tampouco representam uma fraqueza da instituição no que diz respeito a cultura de segurança do paciente4.

Este estudo identificou oito áreas fracas, sendo a dimensão "Resposta não punitivas aos erros" a pior avaliada, o que corrobora com outros achados14,30. Essa dimensão é resultado da insegurança dos profissionais em serem penalizados por erros praticados dentro da instituição4. Em relação aos itens das dimensões, este estudo identificou baixa avaliação no item A16R, que aborda sobre a preocupação dos funcionários de que os erros possam ser registrados em suas fichas funcionais1. O medo de perder o emprego e de ser repreendido pelos supervisores e outros funcionários, resultado de uma cultura punitiva da organização, tem contribuído para a baixa notificação dos erros27) e um estudo atual demostrou que um ambiente livre de culpa favorece a uma melhor cultura de segurança do paciente31.

O item A6 obteve melhor avaliação, o qual os participantes da pesquisa concordaram que a instituição está ativamente elaborando intervenções para melhorar a segurança do paciente. Um estudo brasileiro identificou que a cultura punitiva vem sendo superada27 e ações como educação continuada, implantação de protocolos institucionais, propagação de conhecimento a respeito da importância da segurança e dar feedback a partir dos erros reportados, tem refletido positivamente em uma cultura de segurança do paciente32.

Embora nenhuma dimensão tenha sido considerada como potencialidade, a maioria dos entrevistados considerou a nota de segurança do paciente como "muito boa", seguida de "regular". Na regressão linear múltipla mostrou que quanto maior a nota de segurança, melhor avaliação as dimensões recebiam. Isso sugere que os profissionais avaliam de forma positiva ou neutra a nota de segurança do paciente, mas quando questionados nos itens do instrumento, a pontuação diminui, representada pela avaliação frágil em oito dimensões.

O presente estudo identificou que quanto maior o tempo de trabalho do profissional na instituição, melhor esse trabalhador avalia as dimensões do instrumento. Um estudo desenvolvido no Líbano mostrou que profissionais que trabalham na instituição de 11 a 15 anos ou há mais de 21 anos tendem a apresentar uma percepção melhor de segurança do paciente33. Profissionais mais integrados aos processos de trabalho, traduzido em maior tempo de atuação, conseguem mitigar riscos relacionados à segurança do paciente20.

Ressalva-se que a avaliação da segurança do paciente é o primeiro passo da gerência para identificar áreas de melhorias dentro da instituição, a fim de promover a mudança na cultura de segurança do paciente cultivada dentro da organização e entre seus membros34.

O estudo apresenta como limitação o local de coleta de dados, em que foram selecionadas unidades de áreas críticas de um hospital público, portanto os resultados não podem ser aplicados a outros setores do hospital ou a outra instituição. Outra limitação foi a participação apenas de profissionais médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, restringindo a percepção da segurança do paciente aos demais profissionais da equipe multidisciplinar.

CONCLUSÃO

Este estudo permitiu avaliar a cultura de segurança dos pacientes e suas fragilidades na perspectiva dos profissionais, médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, de um hospital público de ensino.

Os resultados evidenciaram uma avaliação positiva pelos profissionais no que tange a nota de segurança do paciente, em contrapartida este estudo evidenciou uma avaliação negativa quanto aos erros cometidos pelos profissionais.

Tendo em vista que a avaliação da cultura de segurança do paciente consiste na fase inicial para que mudanças dentro do hospital sejam efetivas, sugere-se que a gestão ofereça recursos para a realização de educação permanente com os profissionais a respeito da temática, elabore protocolos e diretrizes de condutas, incentive a notificação de eventos e a criação de um ambiente livre da cultura punitiva.

Acredita-se que este estudo auxilie a gestão nas tomadas de decisão para melhoria da cultura de segurança frente as fragilidades detectadas nos setores avaliados. Espera-se que os resultados desta pesquisa sejam imprescindíveis na elaboração de intervenções que tragam alternativas para a resolução das causas que impactam negativamente na segurança do paciente. Cabe acrescentar a importância que mais pesquisas sejam feitas para acompanhar o progresso da cultura de segurança do paciente na instituição.

Sendo assim, espera-se que esta temática seja sempre uma prioridade para a gestão, já que a cultura de segurança impacta diretamente na qualidade dos serviços hospitalares ofertados, na redução de EA e de custos operacionais desnecessários.

Financiamento

Este estudo foi financiado em parte pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, por meio de Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

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Recebido: 21 de Dezembro de 2021; Aceito: 23 de Março de 2022

*Autor correspondente: fefeolaperes@gmail; mariabgfo@gmail.com

Os autores declaram que não têm interesses financeiros concorrentes conhecidos ou relacionamentos pessoais que possam ter influenciado o trabalho relatado neste artigo.

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